Clube dos 13 quer manter regionais

Em vez dos Estaduais, que, segundo os dirigentes, só dão prejuízos aos clubes, os cartolas querem a manutenção dos Regionais.

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Em vez dos Estaduais, que, segundo os dirigentes, só dão prejuízos aos clubes, os cartolas querem a manutenção dos Regionais. Em mais uma reunião, nesta sexta-feira, no centro de São Paulo, para decidir qual a posição do Clube dos 13 em relação ao calendário do futebol nacional apresentado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a opinião unânime dos dirigentes foi a de que são favoráveis à proposta de um Campeonato Brasileiro mais longo, de oito meses, assim como propõe a entidade, mas não aceitam a revitalização dos torneios estaduais. ?Os Estaduais só servem para enriquecer as federações. Todo mundo hoje quer disputar os Regionais?, afirmou o presidente do Vitória, Paulo Carneiro. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, chegou a anunciar oficialmente o fim dos Regionais, alegando que os torneios dos Estados é que levam as torcidas aos estádios. Os dirigentes dos clubes não concordam. ?As Ligas Regionais estão consolidadas e são as únicas competições que dão dinheiro?, disse o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-MG, Alexandre Khalil, que ainda foi mais longe. ?O problema todo é financeiro. Se eles (CBF) pagarem para nós, disputamos até torneio de várzea.? Para resolver essa questão, os cartolas criaram nesta sexta-feira uma comissão que deve se reunir segunda-feira com a Rede Globo para definir as cotas de transmissão dos campeonatos dos próximos anos. ?Vamos sentar com eles (Globo) e apresentar uma série de propostas de calendário. Primeiro vamos saber quanto vão dar para cada torneio e só então fechamos com o que mais interessar aos clubes?, explicou o presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa. Na quinta-feira, o Clube dos 13 volta a se reunir para, só então, fechar a proposta oficial que será encaminhada à CBF. Mais problemas ? O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto de Oliveira, que faz oposição à Ricardo Teixeira, afirmou que o anúncio do novo calendário feito pela CBF é irregular e ilegal. Segundo Oliveira, a própria entidade já havia acertado que o novo calendário do futebol brasileiro seria definido por um grupo formado por sete federações estaduais (PE, PR, SC, ES, CE, RR e GO). O grupo vem se reunindo há alguns meses, mas foi atropelado pela decisão da CBF. ?Isso ainda vai dar muita confusão?, previu o dirigente.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.