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Clubes brasileiros esperam fazer negócios com a Europa

Mesmo com a crise financeira, equipes querem vender jogadores para 'fazer caixa' e pagar dívidas e salários

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Por Redação
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Apesar da crise econômica mundial, o Milan pagou cerca de R$ 32 milhões para contratar o zagueiro Thiago Silva, do Fluminense. Foi apenas o primeiro negociado: com a abertura da janela de transferência para a Europa, a partir do dia 1.º de janeiro, crescem especulações em torno da saída dos principais jogadores brasileiros para o exterior. Veja também: Palmeiras faz proposta oficial para ficar com Kléber Argentino Verón está perto de acerto com o Santos para 2009 Desmanche durante a temporada não assusta o Corinthians  Dê seu palpite no Bolão Vip do Limão O mercado retraído não tira a esperança dos clubes brasileiros, que tentarão negociar seus principais jogadores para "fazer caixa" e pagar dívidas e salários do ano que vem. Pode até haver alguma redução nos preços, por causa da crise, mas o fato é que o Brasil aqueceu em sua fornalha mais uma leva de talentos que podem se juntar a Thiago Silva no exterior. Transferências de jogadores representam em média de 20% a 30% das receitas de um clube como o Palmeiras em um ano. Já chegou a superar 60% em casos excepcionais, como o do Santos, em 2004, na venda de Robinho para o Real Madrid pelo equivalente na época a R$ 70 milhões. Nesta virada do ano, porém, o cenário é nebuloso. Dirigentes brasileiros tentam desesperadamente repassar atletas para fechar as contas no azul, mas como fazer isso se clubes europeus como o Liverpool já avisaram que não vão comprar ninguém? "Com essa crise financeira mundial, o êxodo nesta janela de transferências será mínimo", prevê o diretor de planejamento do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo. "Já houve poucos negócios em agosto e agora haverá ainda menos. Os clubes precisarão encontrar novas receitas." E até nisso a crise atrapalha: São Paulo, Corinthians e Palmeiras ainda não têm patrocínio para o ano que vem. A diretoria são-paulina já admitiu começar 2009 com a camisa "em branco", enquanto os corintianos esperam que a contratação de Ronaldo atraia uma quantidade de investimento nunca vista antes no mercado. O Santos, por sua vez, admite que precisa se desfazer do lateral-esquerdo Kléber para cobrir investimentos como, por exemplo, dos meias Lúcio Flávio e Madson - mesmo com a ajuda de parceiros, o clube tem de pagar os salários dos novos reforços.

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