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Clubes da Série A acabam com limitação para troca de técnicos no Brasileirão

Dirigentes decidem, em reunião do Conselho Técnica na CBF, de maneira unânime, encerrar regra

Foto do author Gonçalo Junior
Foto do author Marcio Dolzan
Por Gonçalo Junior e Marcio Dolzan
Atualização:

Por unanimidade, os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro decidiram acabar com a regra que limitava o número de trocas de treinadores durante o torneio. A medida foi aprovada no Conselho Técnico dos clubes nesta quarta-feira, 2, em evento virtual.

A CBF propôs no ano passado um limite de troca de técnicos na Série A. Os clubes só poderiam demitir uma vez o treinador para contratar outro. Caso uma equipe demitisse o treinador pela segunda vez, ela só poderia efetivar no cargo um funcionário do clube com no mínimo seis meses de casa, como o treinador das categorias de base, por exemplo.

Hernán Crespo foi técnico do São Paulo em 2021 e acabou demitido em meio à disputa do Brasileirão Foto: Érico Leonam / sãopaulofc

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A medida surtiu efeito apenas imediato. O número de demissões caiu ligeiramente. Por outro lado, vários casos de demissão foram apresentados oficialmente como uma saída em comum acordo, situação que não era restringida pela CBF. No Brasileirão de 2020, quando ainda não havia a medida de restrição, foram realizadas 26 trocas de treinador. Em 2021, ao todo, 20 mudanças foram concetrizadas.

Julio Casares, presidente do São Paulo, afirmou que a ideia não funcionou. “O clube deve ter liberdade. É uma questão de mercado e liberalidade profissional das partes. Quem regula deve ser o mercado”, afirmou o dirigente ao Estadão.

Marcelo Paz, mandatário do Fortaleza, adota raciocínio semelhante. “A regra não diminuiu o número de demissões e criou o expediente do 'comum acordo', algo questionável. Estamos no livre mercado. Os clubes precisam de liberdade para contratar e demitir e arcar com o ônus das mudanças. Não deveria ter mudado”, afirma.

Walter Dal Zotto, presidente do Juventude, classifica o fim da regra como "coerente". "A forma como tinha sido aprovada mascarava muitas questões, em especial sobre as demissões em comum acordo. Ou botava um limite ou liberava novamente, pois não fazia sentido. Por consenso resolveu liberar, que eu acho uma atitude coerente e sem interferência na gestão de cada clube", afirma o dirigente.

Comissão Nacional

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A mesma reunião desta quarta-feira definiu os integrantes da Comissão Nacional de Clubes, ou seja, os representantes nas reuniões da CBF quando não há a presença dos 20 times. São nove no total (cinco representantes da Série A, dois da B, um da C e um da D).

Os times eleitos da Série A foram Corinthians, Ceará, Flamengo, Atlético-MG e Juventude). 

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