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Clubes europeus endurecem com a CBF

Por Agencia Estado
Atualização:

Os principais clubes europeus avisam: não aceitarão liberar os jogadores brasileiros para as partidas na seleção nas eliminatórias antes do prazo determinado pela Fifa. Em entrevista à Agência Estado, dirigentes de times italianos e espanhóis lembram que os campeonatos na Europa estão em suas fases decisivas e que as equipes contam especialmente com os jogadores brasileiros para obter bons resultados. Nesta semana, a Fifa anunciou que os clubes poderão liberar seus jogadores ao Brasil apenas 48 horas antes das partida contra o Paraguai, dia 31 de março, já que a data estava reservada para amistosos, e não para jogos oficiais, o que exigiria uma liberação prévia de cinco dias. "Os campeonatos na Europa estão em plena evolução. Não será possível abrir mão dos jogadores brasileiros por mais tempo, nem agora e nem no futuro", afirmou Antonio Tempestilli, diretor do Roma, onde jogam Emerson e Mancini. Xavier Faus, diretor do Barcelona, de Ronaldinho Gaúcho, lembra que o time catalão tem uma "relação privilegiada com a seleção brasileira", mas que mesmo assim seria difícil pensar em liberar seus jogadores por um tempo maior do que o determinado pela entidade máxima do futebol. "No Barcelona, nossa política é a de respeitar as decisões da Fifa. O que a regra disser estaremos cumprindo. Mas também temos que lembrar que, nesta temporada, estamos lutando por uma vaga na Liga dos Campeões da Europa e precisamos de todos nossos jogadores", afirmo Faus. Já outro dirigente de um grande clube espanhol, que pediu para não se identificar, aponta que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve entender a posição dos clubes europeus que, mesmo liberando os jogadores com dois dias de antecedência, continuam prejudicados. "Nossos jogadores acabam se desgastando com viagens, o que pode afetar nosso desempenho nas fases finais dos campeonatos que disputamos", completou o cartola.

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