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Clubes ignoram objetivos da Mercosul

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Copa Mercosul começa sábado e, ao que tudo indica, carregando uma marca registrada da Confederação Sul-americana de Futebol nos últimos tempos: a desorganização e o desinteresse. À pergunta "a competição classifica para quê?", as respostas são variadas. "Na última reunião nos disseram que o campeão participaria do Mundial Interclubes da Fifa", afirma o presidente do Vasco, Eurico Miranda. "A Mercosul não classifica para nada. O regulamento que recebemos não prevê nada", diz Milton del Carlo, administrador do Palmeiras. O site oficial da Confederação Sul-americana de Futebol (www.conmebol.com) informa que "por resolução do Comitê Executivo da Conmebol", os campeões das Copas Merconorte de 2001 e 2002 e da Mercosul de 2001 e 2002 disputariam um quadrangular, com o campeão garantindo vaga no Mundial da Fifa em 2003. "Essa resolução é de janeiro e continua valendo", afirma o empresário J. Hawilla, da Traffic, empresa que detém os direitos de comercialização da Mercosul. A verdade é que, apesar de o site da Conmebol informar o contrário, a Mercosul de 2001 não classifica para nada, mesmo porque não se sabe nem se haverá Mundial Interclubes em 2003. O torneio deveria começar na próxima semana, mas foi adiado por dois anos. "A Fifa decidirá quem serão os participantes do Mundial", esclarece Francisco Figueiredo, secretário-executivo da Conmebol. A edição de 2001 da Mercosul deverá ser a última com participação dos clubes brasileiros (Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Vasco, Flamengo, Cruzeiro e Grêmio). Alegando falta de datas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não previu o torneio no calendário elaborado para os próximos quatro anos. A Mercosul deverá prosseguir apenas com clubes paraguaios, argentinos, chilenos e uruguaios. Mas até aí há controvérsias. "O Vasco é o atual campeão brasileiro e da Mercosul e, com certeza, participará do torneio em 2002", afirma Eurico Miranda. "Quem falou que nós não estaríamos presentes?", desafia o dirigente, em mais uma briga com a CBF e o Clube dos 13. Eurico alega que o Vasco não foi consultado sobre o cancelamento da participação brasileira na Mercosul. Mesmo não classificando para o Mundial, a competição tem seus atrativos: é uma disputa internacional e paga boas cotas de TV. Na primeira fase, cada time receberá US$ 200 mil por partida; na segunda, US$ 400 mil, e, na semifinal, US$ 600 mil. Quem chegar ao título acumulará US$ 4,6 milhões.

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