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Clubes querem Paulistão "mais simples"

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pela volta da simplicidade. O segredo para o Campeonato Paulista aumentar o interesse e a credibilidade está em abandonar fórmulas mirabolantes que só confundem o torcedor e privilegiam a injustiça no gramado. Personagens ligadas ao futebol opinaram como deve ser o torneio estadual mais importante do País. "A resposta para o Paulista de 2005 ser atraente e justo é simplificar. O torcedor precisa saber o que seu time tem de fazer para ser campeão. Uma fórmula simples, seca. São Paulo tem potencial econômico e equipes fortes, só precisa de um estadual descomplicado", diz o ex-jogador Tostão. "A fórmula tem de ser simples porque não pode acontecer o que houve com o São Paulo, por exemplo. O meu clube perdeu uma partida no meio do torneio e foi eliminado. Outras equipes que foram derrotas duas ou três vezes continuaram. A fórmula precisa ser simples e justa", resume o diretor de futebol do São Paulo, Juvenal Juvêncio. "Turno e returno e decisão no final seria o ideal. Mas como não há datas suficientes, que os times joguem em dois grupos e os primeiros disputem o título. Se complicar, o torcedor foge mesmo. O futebol tem de ser simples. Está aí o sucesso do Carioca", exemplifica o apresentador Milton Neves. O gerente de futebol do Fluminense, Paulo Angioni, detalha o que Neves viu como a solução para São Paulo. "Não resta dúvida: o sucesso de público aqui no Rio de Janeiro se deve a uma fórmula simples e bem resumida. Aqui se conseguiu tirar o máximo mesmo tendo apenas quatro clubes ou marcas fortes. São Paulo tem muito mais clubes fortes. O Campeonato Paulista tem todas as condições de superar o Rio em interesse e em rendas. Só precisa ser simples", recomenda. "Nós também ajudamos reunindo quatro jogadores importantes - Romário, Edmundo, Ramon e Roger. Havia o interesse dos torcedores do nosso time e a vontade dos rivais em nos derrotar", destaca Angioni. O presidente do finalista Paulista, Eduardo Palhares, diz que em 2005 estará tudo mais fácil. "Ao contrário da loucura que foi em 2004 com 21 equipes, no ano que vem serão vinte clubes. É preciso ser criativo organizando um campeonato com número ímpar de times", destaca. O número ímpar de clubes foi herança do torneio de 2003. Nas rádios e tevês, o vice-presidente do Corinthians, Roque Citadini, afirma o que espera do próximo Paulista. "Os clubes grandes precisam jogar mais entre si. Enquanto a CBF não der datas, tudo será sempre improvisado."

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