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Clubes recuam e Liga enfraquece no Rio

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Por Agencia Estado
Atualização:

A intenção do novo presidente do Flamengo, Marcio Braga, de criar uma liga independente de clubes é vista com ressalvas pelos dirigentes dos demais grandes clubes do Rio. Com exceção de Eurico Miranda, do Vasco, que hoje se põe a favor de qualquer coisa que contrarie os interesses da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os presidentes de Botafogo, Bebeto de Freitas, e de Fluminense, David Fischel, são cautelosos quando falam do assunto. "Sempre serei a favor daquilo que for bom para os clubes brasileiros. Mas temos que ver se é de fato melhor para os clubes." Foi assim que reagiu Bebeto de Freitas, certo de que o Botafogo não dará nenhum passo no sentido da criação de uma liga se não houver algo como um clamor nacional para tanto. O presidente do Botafogo tem relações apenas formais com a CBF. O presidente da entidade, Ricardo Teixeira, já manifestou pelo menos uma vez sua aversão aos princípios defendidos por Bebeto de Freitas - o principal deles, transparência nos negócios do futebol. Ele costuma debochar do dirigente do Botafogo, entre pessoas mais próximas, questionando sua credibilidade no que diz respeito à defesa de um novo modelo de gestão para o futebol. David Fischel preferiu não antecipar a posição do Fluminense. ?Essas coisas têm de ser vistas com calma?, disse. Quer aguardar os fatos, os desdobramentos, para analisar melhor e decidir que atitude adotará. No entanto, deixou escapar que o Tricolor não deseja confronto com ninguém - leia-se, no caso, com a CBF. O Flamengo tenta o apoio dos clubes paulistas, sem, no entanto, convidar Eurico Miranda para uma ação conjunta. Isso se explica pelo fato de o presidente do Vasco ter-se indisposto, e em seguida se reconciliado, várias vezes nos últimos anos com Ricardo Teixeira, inimigo declarado de Marcio Braga.

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