Clubes serão punidos por cera de gandula

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) estuda a possibilidade de punir os clubes detentores do mando de campo se houver demora na reposição de bola.

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A conhecida ?malandragem? dos gandulas, habituados a fazer ?corpo mole? na hora de devolver a bola para o time visitante, pode estar com os dias contados. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) estuda a possibilidade de punir os clubes detentores do mando de campo se houver demora na reposição de bola ? o que ocorre em vários estádios do Brasil quando a equipe da casa está vencendo a partida. O procurador do STJD, Lindolfo Moraes, acena até com a hipótese de o clube infrator perder o mando de campo no caso de incidente envolvendo os ?gandulas preguiçosos?. ?O fato muitas vezes gera um clima de nervosismo, que pode culminar com agressões, hostilidades entre os atletas; temos de coibir isso?, disse. A escolha dos gandulas cabe aos clubes com mando de campo. Normalmente, os gandulas são meninos selecionados de comunidades pobres, próximas aos estádios. É assim, por exemplo, no Vasco. O clube só faz uma exigência: a de que todos estejam estudando. No dia do jogo, ganham uniforme e lanche e a orientação de como proceder. Coincidência ou não, São Januário é o local de maior incidência desses problemas. A história do futebol registra fatos inusitados com gandulas. Um deles aconteceu no jogo Olímpia x Araçatuba, em 1993, pelas divisões de acesso do Paulista. O Olímpia vencia por 2 a 0, quando o atacante Ari acabara de driblar o goleiro Moreira para diminuir a diferença. Tocou rasteiro e só não fez o gol porque o gandula Marcos Benedito foi mais rápido: entrou em campo e sob aplausos da torcida local chutou a bola para bem longe.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.