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Colombianos festejam a vitória

Por Agencia Estado
Atualização:

Como acontece no Brasil, o assunto que dominou as conversas hoje por toda a Colômbia foi a vitória da seleção local por 2 a 0 sobre a Venezuela, no segundo jogo da rodada dupla que marcou a abertura da Copa América 2001, em Barranquilla. Motoristas de táxi, comerciantes e até soldados do exército colombiano reuniam-se em grupos para comentar sobre a partida. Até um herói já foi eleito: o atacante Freddy Grisales, autor do primeiro gol. Ele ocupou as primeiras páginas de alguns dos principais jornais do país com sua forma pouco convencional de comemorar o gol. O jornal "El País", de Cali, estampou como foto principal da edição de hoje a imagem de Grisales festejando com o capacete, tomado de um policial que fazia a segurança dentro do gramado. Nas ruas de Cali, a felicidade do povo se manifestava por meio de atitudes comuns em todas as partes do mundo. Fitas, camisetas, bonés e souvenirs que traziam o azul, o amarelo e o vermelho, cores oficiais da bandeira colombiana, eram vistos por todas as partes. "Colômbia jogou bem, mas pode melhorar muito. Estamos satisfeitos com o resultado da estréia", disse Enrique Piña, de apenas 12 anos, quando se preparava para conhecer o Estádio Pascual Guerrero, onde o Brasil joga a primeira fase. Da mesma forma que os brasileiros, os colombianos invadiram bares, restaurantes e cafés para acompanhar a partida. Nesses locais, assim como no Brasil, são instalados telões onde são exibidos os jogos. Gritos e buzinaços indicavam os gols do time da casa e o encerramento da partida. Claro, não podiam faltar as fantasias e os rostos pintados com as cores nacionais. Alívio - Mais do que a vitória no primeiro jogo, percebia-se nitidamente que o que deixou a população mais satisfeita foi o início da competição. Após seqüestros, ameaças, suspensão e adiamento, a Copa América quase não acontece. Ver na televisão o pontapé inicial foi, para o povo da Colômbia, a certeza de que a frustração de ser privado da organização do evento tinha, de fato, sido sepultada. Com relação ao resultado, todos sabem que poderia ser mais amplo, por causa da famosa fragilidade da seleção venezuelana. Mas a felicidade de abrigar uma competição que vinha sendo aguardada com muita expectativa por todos os setores da sociedade serviu como anestésico para eventuais críticas ao rendimento da equipe do treinador "Pacho" Maturana.

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