O Santos entrou em campo para enfrentar o Atlético-PR ciente de que vencer, após três derrotas seguidas e sem fazer gols no Brasileiro, seria fundamental para se manter no bolo dos que lutam ao menos por vaga na Libertadores. Para isso, buscou atacar e não se resguardou excessivamente nem ao perceber que o adversário, ao contrário de outros times que visitam a Vila, não iria ficar encolhido. E foi recompensado: venceu por 2 a 0, chegou aos 23 pontos e ganhou moral na corrida por lugar no G-4.
Santos e Atlético-PR fizeram um primeiro tempo bastante agradável. Por um simples motivo: as duas equipes se propuseram a jogar de maneira ofensiva, procurando o gol. Essa disposição ficou clara pelo número de finalizações. Foram 21, 13 pelos santistas.
Claro que tanto Oswaldo de Oliveira como Doriva tiveram cuidados defensivos. E em alguns momentos, de acordo com as circunstâncias da partida, os dois times preferiram esperar brechas para contra-atacar em vez de se lançar com tudo ao ataque. Desde o início o Atlético deu mostras de que não iria esperar o Santos. Procurou atacar pelos lados do campo, notadamente pelo direito, com o eficiente lateral Sueliton.
O Santos não se assustou. Buscou o ataque, liderado por Robinho, que puxava quase todas as ações ofensivas. Quando o atacante sentiu uma forte dor na parte de trás da coxa direita após uma pedalada, aos 22 minutos, e teve de sair (Rildo entrou), temeu-se que o time sentiria o desfalque. Isso não aconteceu e os paulistas continuaram atrás do gol.
A atrapalhar o Santos, o fato de Lucas Lima segurar muito a bola, permitindo muitas vezes à defesa adversária se recompor. Mesmo assim, o meia fez boas jogadas. Os paranaenses pecavam pela falta de uma participação mais efetiva dos jogadores de meio de campo.
Um pouco mais agudo, o Santos chegou ao gol aos 45 minutos, após falha de Marcos Guilherme. Cicinho ficou com a bola e cruzou para Leandro Damião enfim voltar a marcar, após dez partidas. Aliás, a ansiedade do centroavante, e duas boas defesas do goleiro Weverton impediram o Santos de construir a vantagem mais cedo.
A segunda etapa começou igualmente movimentada, mas a partir dos 10 minutos o jogo ficou chato, amarrado, com muita marcação e pouco espaço. Mas as equipes continuaram atentas ao aparecimento de oportunidades para contra-atacar. Numa delas, o Santos definiu o jogo: Arouca puxou o contra-ataque e acionou Mena, que cruzou na cabeça de Thiago Ribeiro. 2 a 0. A etapa tinha apenas 21 minutos, mas a partir daí o Santos passou a tomar cuidados defensivos – só atacava na “boa’’ – e o Atlético, apesar de martelar, estava afobado e sofria por não encontrar espaços. E não conseguiu diminuir nem de pênalti. Marcelo cobrou no travessão.
FICHA TÉCNICASANTOS 2 x 0 ATLÉTICO-PRSANTOS - Aranha; Cicinho, David Braz, Edu Dracena, Mena; Alison, Arouca, Lucas lima, Thiago Ribeiro (Stéfano Yuri); Leandro Damião (Souza) e Robinho (Rildo). Técnico: Oswaldo de Oliveira. ATLÉTICO-PR - Weverton; Sueliton, Dráusio, Léo Pereira, Natanael; Deivid, João Paulo (Otávio), Bady (Dellatorre), Marcos Guilherme (Douglas Coutinho); Marcelo e Cléo. Técnico: Doriva. GOLS - Leandro Damião, aos 44 minutos do primeiro tempo. Thiago Ribeiro, aos 21 minutos do segundo tempo. CARTÕES AMARELOS - Léo Pereira e Dráusio. ÁRBITRO - Igor Benevenuto (MG).RENDA - R$ 129.285,00.PÚBLICO - 4.612 pagantes.LOCAL - Estádio Vila Belmiro, em Santos (SP).