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Com Fagner e Cássio na Copa, Corinthians repete Atlético-MG de 2014 em convocação

Victor e Jô, então no Atlético-MG, estiveram no grupo que disputou o Mundial do Brasil quatro anos atrás

Por Rafael Franco
Atualização:

Com as convocações do lateral-direito Fagner e do goleiro Cássio para a seleção brasileira que disputará a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, o Corinthians repetiu nesta segunda-feira o feito obtido pelo Atlético Mineiro em 2014, quando o clube de Belo Horizonte também foi o único time brasileiro com dois jogadores chamados para o Mundial daquele ano, realizado em solo nacional.

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Na lista de 23 atletas chamados por Luiz Felipe Scolari para aquela Copa, o goleiro Victor e o atacante , então jogador atleticano, foram confirmados para a competição. Naquela ocasião, Felipão ainda levou para o Mundial o goleiro Jefferson, do Botafogo, e o atacante Fred, na época no Fluminense, como jogadores que estavam atuando em equipes do futebol nacional.

O atacante Jô durante partida pelo Atlético-MG em 2013. Foto: Douglas Magno/AFP

Já nesta lista formulada por Tite, apenas três jogadores que defendem clubes brasileiros atualmente foram chamados. Além da dupla de corintianos, o treinador convocou Pedro Geromel, do Grêmio, como outro atleta em atividade no País.

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Esta convocação também conta com outros quatro jogadores que vestiram a camisa corintiana e atuam em clubes do exterior. Dois deles foram formados na base da equipe do Parque São Jorge: o zagueiro Marquinhos, do Paris Saint-Germain, e o meia Willian, do Chelsea, assim como acontece com Fagner. Já os meio-campistas Paulinho, do Barcelona, e Renato Augusto, do Beijing Guoan, da China, viveram passagens vitoriosas pelo time alvinegro sob o comando de Tite.

Em meio a este predomínio de atletas que atuam em equipes estrangeiras que foram convocados para a seleção nesta segunda-feira, o Manchester City é o clube que teve o maior número de nomes chamados para este Mundial, com quatro ao total: o goleiro Ederson, o lateral-direito Danilo, o volante Fernandinho e o atacante Gabriel Jesus.

Já o segundo time do exterior com maior número de convocados para o Brasil foi o PSG, com três nomes: o atacante Neymar e os defensores Marquinhos e Thiago Silva. Logo atrás da equipe francesa aparecem Barcelona (Paulinho e Philippe Coutinho) e Real Madrid (Marcelo e Casemiro) empatados.

Assim como acontece agora com Tite, Dunga também convocou apenas três jogadores em atividade no Brasil quando anunciou a lista da seleção para a Copa de 2010, na África do Sul. Naquela ocasião, ele chamou o lateral Gilberto, então no Cruzeiro, o meia Kleberson e o atacante Robinho, que defendiam respectivamente o Flamengo e o Santos.

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Na Copa de 2006, a presença de jogadores que atuavam no Brasil foi ainda menor do que nos três últimos Mundiais. O técnico Carlos Alberto Parreira levou para a competição realizada na Alemanha apenas o goleiro Rogério Ceni e o meia Ricardinho, que vestiam as respectivas camisas de São Paulo e Corinthians, como nomes que jogavam em clubes nacionais.

MESCLA EQUILIBRADA EM 2002

Se desde a Copa de 2006 a presença de atletas de times brasileiros foi pequena, a lista de convocados por Felipão para o Mundial de 2002, na Coreia do Sul e no Japão, foi bastante equilibrada em sua mescla entre "estrangeiros" e atletas que então defendiam equipes do Brasil.

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O time que depois faturaria o pentacampeonato mundial foi convocado inicialmente com 11 atletas em atividade no País, sendo três deles do São Paulo: Rogério Ceni, o lateral Belletti e o então jovem meia Kaká. E o número de representantes de times do País na equipe de Felipão subiu depois que o volante Emerson precisou ser cortado às vésperas da estreia na Copa ao se lesionar em um treino e deu lugar a Ricardinho, do Corinthians, convocado às pressas como substituto.

Em 1998, por sua vez, Zagallo convocou oito jogadores que atuavam no Brasil e entraram em uma lista de 22 nomes para a Copa daquele ano. E o Flamengo, com Júnior Baiano e Zé Roberto, e o Botafogo, com Bebeto e Gonçalves, foram os dois clubes do País que mais tiveram atletas lembrados pelo treinador para aquele Mundial.

Ou seja, ao longo de duas décadas e seis convocações para Copas do Mundo, um total de 31 jogadores de clubes do Brasil foram chamados nas listas iniciais de convocados para a seleção. E a pequena presença de jogadores em atividade no País nos últimos três Mundiais e agora novamente no que está para começar, na Rússia, escancara, em parte, como o poder financeiro dos clubes europeus enfraqueceu, com contratações em massa de brasileiro, o nível do futebol que é praticado em solo nacional nos últimos tempos.

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