Publicidade

Com gol no fim, Grêmio derrota o Flamengo no Maracanã

Resultado põe fim a uma série de cinco jogos de invencibilidade dos donos da casa e aproxima o Grêmio do G-4

PUBLICIDADE

Por Ronald Lincoln Jr
Atualização:

Em duelo de técnicos tarimbados, o Grêmio de Felipão venceu por 1 a 0 o Flamengo de Vanderlei Luxemburgo, neste sábado, no estádio do Maracanã, no Rio, em partida válida pela 19.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado pôs fim a uma série de cinco jogos de invencibilidade dos donos da casa e fez o clube tricolor gaúcho, agora com 31 pontos, se aproximar do G-4. Depois de um primeiro tempo equilibrado, o time carioca despontou na etapa final, mas faltou eficiência e acabou sendo penalizado com o gol nos acréscimos.

PUBLICIDADE

Ambos os treinadores têm em seus trabalhos atuais a oportunidade de retomar o prestígio e reconhecimento de anos atrás. Felipão teve a sua trajetória de campeão mundial manchada depois da goleada por 7 a 1 sofrida pela seleção brasileira para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo. Luxemburgo, que já foi considerado o melhor técnico no país, amargou maus resultados nos últimos times que conduziu, entre eles o próprio Grêmio.

Antes do início do jogo e durante o intervalo, a organização do Maracanã transmitiu nos telões mensagens contra o racismo. Nestas ocasiões, uma pequena parte da torcida do Flamengo fez coros "racistas" contra os torcedores rivais. Essa foi a primeira partida do Grêmio depois de ser punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por causa de atos racistas de parte de seus torcedores em jogo contra o Santos, pela Copa do Brasil.

51.858 pagantes estiveram presentes no Maracanã Foto: Gilvan de Souza/Divulgação

Animados com o desempenho no Brasileirão e com a recente classificação para as quartas de final da Copa do Brasil, os flamenguistas foram em grande número ao Maracanã. Ao todo, o jogo contou com 51.858 pagantes, estabelecendo o novo recorde de público do campeonato.

O JOGO

Os visitantes começaram melhor na partida. Bem organizados em campo, logo nos primeiros minutos, controlaram o meio de campo, mas tinham dificuldade para transpor a defesa rubro-negra. Com isso, seus melhores lances ficaram limitados a chutes de longa distância, que obrigaram Paulo Victor a trabalhar. No fim da etapa inicial, o goleiro flamenguista quase foi encoberto por Giuliano, mas conseguiu fazer ótima defesa.

Publicidade

A equipe de Luxemburgo não conseguia se impor. Com os jogadores de meio de campo presos na marcação, o time optou por dar chutões para os atacantes, que sofriam, isolados. As melhores e poucas jogadas de ataque foram criadas pela ponta esquerda, com o lateral João Paulo.

Mas, após o intervalo, o Flamengo voltou com outra postura, mais aplicado e pressionando o adversário. Aos 11 minutos, Recife arriscou de fora da área e Marcelo Grohe foi buscar no ângulo. Em seguida, Marcelo quase marcou depois de um escanteio.

Diante das investidas dos donos da casas, Felipão pôs a sua equipe para jogar no contra-ataque. Para isso, deu mais velocidade ao time com a entrada dos atacantes Luan e Fernandinho. E deu certo. Aos 46 minutos, em jogada de velocidade, Luan recebeu de Fernandinho na área e bateu cruzado para fazer o gol do jogo. Alecsandro quase conseguiu empatar no último lance, mas cabeceou sozinho para fora.

FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 0 x 1 GRÊMIO

FLAMENGO - Paulo Victor; Léo Moura, Chicão, Wallace e João Paulo; Recife (Amaral), Marcio Araújo, Canteros e Mugni (Gabriel); Arthur (Eduardo da Silva) e Alecsandro. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

GRÊMIO - Marcelo Grohe; Pará, Pedro Geromel, Rhodolfo e Zé Roberto; Walace, Matheus Biteco, Felipe Bastos e Giuliano (Fernandinho); Dudu e Lucas Coelho (Luan). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Publicidade

GOL - Luan, aos 46 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Amaral (Flamengo); Walace e Fellipe Bastos (Grêmio).

ÁRBITRO - André Luiz de Freitas Castro (GO).

RENDA - R$ 1.756.965,00.

PÚBLICO - 51.858 pagantes (59.680 no total).

LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.