Com Leão, São Paulo mais disciplinado

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Por Agencia Estado
Atualização:

A chegada de Leão ao São Paulo, há um mês, substituindo Cuca, coincidiu com a queda do número de cartões recebidos e de gols sofridos. Nos sete jogos do Brasileiro, o time levou apenas três gols e teve 22 amarelos. Nenhum vermelho. Os jogadores têm várias explicações sobre a mudança de comportamento do time. E poucas caminham na mesma direção. Para Grafite, a principal mudança foi tática. "Com o Cuca, eu tinha de voltar sempre, marcando o volante ou o lateral. Tinha de acompanhar até a nossa área. Agora, a ordem é para cercar bastante, até o meio-de-campo. Isso me ajudou a diminuir o número de faltas", explicou. Com o antigo treinador, o atacante levou nove amarelos e dois vermelhos. Cicinho tem uma explicação mais simples. "A diretoria resolveu mexer no nosso bolso por causa das expulsões e a gente tomou jeito. Agora, fazemos tudo o que o Cuca já pedia e que o Leão repete." A principal ordem é evitar reclamações e faltas desnecessárias. E, com menos cartões, o treinador pode repetir a escalação mais vezes. "Isso tem ajudado muito o nosso time. O Leão pode repetir a equipe e o entrosamento vem mais rápido", disse Cicinho. Lugano não vê nenhuma relação entre número de cartões e bom rendimento da defesa. "A gente vinha jogando bem já com o Cuca. Nossa defesa é uma das menos vazadas do campeonato porque vem jogando bem há tempos e não só agora", avaliou o zagueiro. Com o antigo treinador, o São Paulo levou, no Brasileiro, 30 gols em 28 jogos. Foram 12 os cartões amarelos de Lugano no Brasileiro. "Minha posição é a de último homem. Se o atacante passar por mim, é gol ou quase gol. Se eu faço falta, é amarelo ou advertência. Não dá para mudar muito. Não vou deixar de levar um cartão para facilitar e o atacante fazer um gol", revelou o zagueiro. Havendo ou não relação com essa maior disciplina, o fato é que o São Paulo ganhou seus três últimos jogos e o sonho do título ficou um pouco menos distante. "A gente demorou para acordar, mas antes tarde do que nunca. Vamos torcer contra o Atlético, porque não temos a chance de jogar contra eles. E tentar vencer o Santos", afirmou Cicinho. "Está difícil, mas a gente continua sonhando e lutando." "Classificar para a Libertadores é uma obrigação do nosso time. Não tem desculpa. E temos de continuar brigando pelo título, sem ficar fazendo contas, sem pensar se está difícil", avisou Lugano. "Qualquer outra atitude é desrespeito à camisa do São Paulo."

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