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Com três de Müller, Alemanha dá show e goleia Portugal

Melhor do mundo, Cristiano Ronaldo é massacrado na Arena Fonte Nova, em Salvador, e vê sua seleção começar Copa com derrota 

Por Mateus Silva Alves
Atualização:

No duelo entre um dos times mais fortes do mundo e o jogador mais badalado do planeta, levou a vantagem o jogo coletivo. A Alemanha colocou para funcionar na Fonte Nova a máquina goleadora que fez sucesso há quatro anos, na África do Sul, e bateu Portugal por 4 a 0 - placar que poderia ter sido até maior. Cristiano Ronaldo se mostrou impotente para fazer frente ao poder de fogo dos alemães, até porque nunca esteve bem acompanhado.

Exatamente como havia previsto Joachim Löw, o comandante da equipe alemã, os minutos iniciais mostraram ao mundo a Alemanha tocando a bola no campo de ataque e Portugal à espreita, rezando por um contra-ataque. O toque de bola alemão não é como o da Espanha, que espera dias, se for necessário, até encontrar um buraco na defesa adversária. A Alemanha tem mais pressa e isso torna o processo mais arriscado. Uma bola perdida no meio de campo gerou um contra-ataque muito bem puxado por Cristiano Ronaldo, que deixou Hugo Almeida em condições de marcar. O centroavante, no entanto, desperdiçou a chance com um chute fraco.

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Foi o primeiro grande aviso de Portugal - e o único. Depois dele, os alemães controlaram melhor a bola e quem passou a errar foram os portugueses. Uma chutão desgovernado do goleiro Rui Patrício caiu no pé direito de Khedira e o chute do volante passou a centímetros da trave. O gol estava aberto.

Os portugueses escaparam dessa, mas não demorou para a Alemanha ferir o inimigo com aquilo que tem de melhor: as combinações em velocidade entre seus homens de frente. A escalação de Thomas Müller como "falso nove" confunde qualquer defesa porque ele não para um minuto, é frenético. E quando ele tabelou com Özil e lançou Götze na área, João Pereira derrubou o atacante. Müller cobrou o pênalti com frieza exemplar.

Portugal precisava reagir, mas não sabia como. Cristiano Ronaldo estava perdido entre os zagueiros adversários.

A Alemanha seguiu em frente e marcou o segundo com uma cabeçada de Hummels, aproveitando precisa cobrança de escanteio de Kroos. Portugal estava nocauteado em pé, mas ainda havia espaço para piorar: Pepe agrediu Müller e foi expulso. Os alemães tinham campo para jogar como gostam, trocando passes em alta velocidade, e ainda antes do intervalo saiu o terceiro. Dentro da área, Müller recebeu passe de Kroos e, como um "verdadeiro nove", girou com rapidez e fulminou Rui Patrício com o pé esquerdo.

No segundo tempo, o ritmo do jogo caiu bastante. Com três gols de vantagem, a Alemanha tratou de preservar o físico - não custa lembrar que o calor e a umidade de Salvador eram as principais preocupações de Joachim Löw, mais até do que Cristiano Ronaldo. Ainda assim, o time alemão teve um par de chances claríssimas para aumentar a contagem, desperdiçadas por Özil e Götze.

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Enquanto isso, Cristiano Ronaldo vagava pelo campo sem esperança. Nada dava certo para o astro, nem mesmo as cobranças de faltas, uma de suas especialidades.

Aos poucos, o jogo foi se tornando uma "pelada", com espaço à vontade para os alemães. E então saiu o quarto gol. Schürrle, que havia substituído Özil, recebeu a bola na direita e chutou cruzado, em cima de Rui Patrício. O goleiro soltou a bola e Thomas Müller a empurrou para o gol. Em sete jogos de Copa do Mundo, o incrível atacante do Bayern de Munique marcou oito gols. Ele é o símbolo perfeito de uma Alemanha que ganha e encanta.

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