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Começa o Brasileiro de R$ 540 milhões

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Campeonato Brasileiro, que começa nesta quarta-feira com oito jogos, apresenta números que o tornam uma das competições mais importantes do mundo. Estarão na disputa 24 equipes - entre elas, as mais populares e tradicionais do País -, que vão jogar em turno e returno durante oito meses, um total de 552 partidas. Um campeonato que vai movimentar, entre receita e despesas diretas, cerca de R$ 540 milhões, de acordo com um levantamento do Clube dos 13, que estima um público de 100 milhões de telespectadores durante a competição. No entanto, números tão gigantescos não significam, necessariamente, grande quantidade de equipes fortes dentro de campo. Ao contrário, a maior parte dos participantes do Brasileiro está com problemas para montar seus elencos e, pior, corre o risco de perder jogadores durante a competição, fenômeno que, aliás, se verificou no campeonato do ano passado. E o drama aumenta porque, este ano, serão quatro os rebaixados. Os clubes paulistas, por exemplo, têm vários problemas. Campeão em 2002 e vice em 2003, o Santos pode sofrer um desmanche. Entre os que certamente vão sair estão o zagueiro Alex (PSV holandês) e o volante Paulo Almeida (Benfica português). E não será surpresa se Renato e Diego forem seduzidos por propostas do futebol europeu. Mesmo risco corre o Palmeiras com Vágner Love e o São Paulo com Luís Fabiano, entre outros jogadores. E o Corinthians, que já não consegue reforços, ainda pode perder muito do pouco que tem. "Produto valioso?? - Mas o fato é que o Brasileiro é um excelente produto, concluíram os executivos do Clube dos 13. Eles chegaram aos R$ 540 milhões como valor do campeonato após analisarem os números que envolvem o evento e estabelecerem critérios de avaliação. Definiu-se, por exemplo, que só seriam considerados os montantes aos quais os clubes, de alguma forma, têm participação. Dessa maneira, entrou no cálculo o dinheiro pago pela Rede Globo pelos direitos de transmissão dos jogos e da exploração da publicidade estática nos estádios. O passo seguinte foi discriminar os aspectos que compõem o negócio chamado futebol, dividindo-os em dois blocos: receitas e despesas. No primeiro estão itens como patrocínios, venda de direitos de transmissão, promoções e bilheteria. Integram o segundo salários, manutenção de estádios e gastos com viagens. "Fizemos tudo com base em dados do mercado. No caso da bilheteria, consideramos a média de público do campeonato passado e a multiplicamos pelo número de jogos. E fizemos nova multiplicação, dessa vez pelo valor médio do ingresso??, explicou o diretor do Clube dos 13, Mauro Holzman. Como os números da base do cálculo são de 2003, projetou-se aumento de 30%, porcentual estimado de crescimento para este ano. E a expectativa é de que nas próximas temporadas esses valores cresçam bastante.

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