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Comissão do estádio do Corinthians se dissolve sem parecer

Pressão para fechar acordo sem ter outros projetos acaba em crise e conselho pode até votar aceitação

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Por Milton Pazzi Jr
Atualização:

A pressão para a formalização do projeto de construção de um estádio para o Corinthians fez com que a comissão que estudava o caso praticamente encerrasse seus trabalhos na noite desta quarta-feira. O grupo formado por Ibrahim Eris, Eduardo Rocha Azevedo, Ernesto Cordeiro Marujo e Manoel Feliz Cintra entregou ao presidente Andrés Sanchez uma carta suspendendo os trabalhos até uma decisão superior. Veja também:  No sufoco, Corinthians derrota a Portuguesa por 1 a 0  Projeto prevê um estádio prateado para o Corinthians O principal problema é a pressão que a construtora Seebla estaria fazendo para a assinatura do de um pré-contrato, para que exercesse seu direito de compra do terreno na Marginal do Tietê, que termina no dia 25. O grupo se nega a fechar o acordo, por considerar tudo "apressado demais". Alguns conselheiros, inclusive, nem viram o projeto e o Conselho Deliberativo, que se reúne nesta quinta, pode até votar o projeto. O problema é que a comissão foi formada há pouco mais de 15 dias - em 4 de fevereiro. O presidente Andrés Sanchez pede calma. "Não temos como prioridade na minha administração [a construção de um novo estádio]. Trabalhamos é para sanear o clube. Apareceu essa oportunidade para essa história, é uma pressão grande, mas estou com os pés no chão. Tenho advogados, vou me cercar bem disso. O dia que estiver tudo certo eu falo. Foram queimadas etapas e temos de voltar atrás agora. Vai ter estádio, mas pode ser 2008, 2013, ou mais. Já avisei a empresa de que vai ter de prorrogar o prazo, se perder dinheiro perdeu", diz o dirigente, em entrevista à rádio Jovem Pan. Desde os anos 60 o clube cogita a construção de um estádio, mas os projetos nunca saíram do papel. FAZENDINHA NA MIRA O Estádio Alfredo Schürig, no Parque São Jorge, mais uma vez volta a ser cogitada como sede de jogos do Corinthians. A intenção é utilizá-la em partidas da Série B do Campeonato Brasileiro. "Na Fazendinha estamos trabalhando, para no mínimo 15 mil pessoas, com venda antecipada de ingressos, fechar bilheteria uma semana antes. Tem de ser tudo bem feito, com polícia, prefeitura. Eu acho que sendo planejado e com regras para todos, acabou. Não tem tumulto. A verdade é que se comprometeram com algumas coisas e não cumpriram. Tem obras, como saída de emergência, tem de melhorar", explica Sanchez. O caso deve ser resolvido até o fim do mês de março. Atualizado às 12h28 para acréscimos de informações

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