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Fifa pedirá banimento vitalício de Platini, diz advogado da Uefa

Candidato à presidência pode ser suspenso por toda a vida

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Por Redação
Atualização:

Se Michel Platini esperava o fim de sua suspensão provisória para talvez confirmar sua candidatura à presidência da Fifa, agora o francês pode não só ser impossibilitado de concorrer ao cargo, como também ser obrigado a se afastar do futebol para sempre. O Comitê de Ética da entidade pedirá o banimento do ex-jogador para o resto da vida, de acordo com o próprio advogado do presidente da Uefa, Thibaud d'Ales. Em entrevista à agência The Associated Press, Thibaut d'Ales revelou que a punição máxima será requisitada assim que a unidade de investigação do próprio Comitê de Ética der seu parecer final sobre o caso.Atualmente, Platini enfrenta uma suspensão de 90 dias por acusações de corrupção. O ex-jogador já negou ter atuado de forma ilícita, mas ainda terá que se pronunciar perante o juiz de ética da Fifa, Joachim Eckert, em audiência que acontecerá no mês que vem.

No final de 2015, Platini havia sido suspenso do futebol por oito anos pelo Comitê de Ética da Fifa Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

D'Ales atacou o pedido da Comissão de Ética e até a credibilidade do órgão. "O caráter exagerado desta solicitação realmente é prova da total falta de credibilidade desta comissão", declarou. "Não há prova neste caso que comprove estas acusações", garantiu. A previsão é que Eckert divulgue sua decisão sobre o caso de Platini ainda em dezembro. Independentemente do que for decidido, o lado perdedor poderá recorrer ao Comitê de Apelação da Fifa e à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).Presidentes da Uefa e da Fifa, respectivamente, Platini e Joseph Blatter, foram suspensos provisoriamente no início de outubro por causa do pagamento suspeito de US$ 2 milhões do suíço ao francês, em 2011. Platini negou qualquer irregularidade e garantiu que o dinheiro foi fruto de um acordo verbal com Blatter por salários atrasados da época em que trabalhou como assessor do presidente da Fifa, entre 1998 e 2002. D'Ales, aliás, garantiu que o Comitê de Ética tenta deslegitimar este contrato entre os dirigentes."Obviamente, temos provas de que este acordo existiu sim", garantiu o advogado de Platini. "Vamos enviar o documento ao tribunal, que vai lidar com o caso em um período relativamente curto."

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