Confira os perfis dos dois candidatos a técnico do São Paulo

Colombiano e português têm trajetória na Europa e disputam a vaga

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Por Ciro Campos
Atualização:

Graduados na Europa, assistentes técnicos clubes tradicionais e boas campanhas em competições continentais. Até mesmo idades próximas. Os dois candidatos ao cargo de técnico do São Paulo, o colombiano Juan Carlos Osorio e português José Peseiro, têm aspectos em comuns na biografia, embora o comandante do Atlético Nacional tenha preferência.

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Aos 53 anos, Osorio começou a chamar a atenção do São Paulo pelas boas atuações do time de Medellín na semifinal da Copa Sul-Americana de 2014, vencida pelos colombianos. Na ocasião, o meia Kaká elogiou os adversários. Os pontos fortes do trabalho do técnico são o forte trabalho de posicionamento tático e o aproveitamento de jogadores jovens.

Osorio está no Atlético Nacional desde 2012, mas antes disso adquiriu currículo no exterior. Cursou faculdade nos Estados Unidos e migrou para a Europa, onde estudou Ciências do Futebol na Universidade de Liverpool. Recebeu licença de técnico tanto na Inglaterra, como na Holanda.

Osorio conversa com Felipão durante treino do Once Caldas no CT do Palmeiras, em 2011 Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Na futebol britânico teve a primeira experiência de peso, ao trabalhar durante cinco anos na comissão técnica do Manchester City, até voltar à Colômbia em 2006 para dirigir o Millonarios. O primeiro título de relevância viria no Once Caldas, em 2010, no Campeonato Colombiano. Desde 2012 no Atlético Nacional, Osorio levantou seis taças. Foram três Campeonatos Colombianos, duas Copas da Colômbia e uma Superliga.

Com 55 anos, Peseiro tem menos conquistas que o concorrente, mas um currículo mais variado. Clubes de Portugal, Romênia, Grécia e Emirados Árabes, além da seleção da Arábia Saudita estão incluídos nas experiências do treinador que se formou na mesma escola de profissionais que José Mourinho, atualmente no Chelsea.

Peseiro ganhou fama ao levar o Nacional, da Ilha da Madeira, até a divisão principal em Portugal. O trabalho lhe rendeu reconhecimento e o convite de Carlos Queiroz para ser seu assistente no Real Madrid entre 2003 e 2004. Depois desse período, recebeu a grande chance da carreira: dirigir o Sporting, de Lisboa.

A consagração na equipe escapou por um triz. Dentro do estádio do clube, o José Alvalade, o técnico foi derrotado de virada pelo CSKA, de Vágner Love, na decisão da Copa da Uefa de 2005. Meses depois, foi demitido e passou rodar por clubes da Arábia Saudita, Romênia e Grécia.

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Peseiro esteve perto de feitos com o Sporting e a seleção da Arábia Saudita Foto: Radu Sigheti/Reuters

Outra boa oportunidade recebeu em 2009. Peseiro recebeu a missão de levar a Arábia Saudita para a Copa do Mundo do ano seguinte, na África do Sul. Novamente ele ficou no quase. A vaga escapou em um jogo incrível contra o Bahrein, quando a equipe saudita fez 2 a 1 aos 46 minutos do segundo tempo e levou o empate aos 48, dentro de casa. O resultado levou o Bahrein adiante para o play-off decisivo em que decidiu com a Nova Zelândia uma vaga no Mundial.

Depois dessa decepção, Peseiro assumiu em 2012 o Braga, onde conquistou o seu principal título, a Copa da Liga Portuguesa. Outro feito foi levar o clube até a fase de grupos da Liga dos Campeões. Ao deixar o time do norte do país, dirigiu o Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos. O técnico saiu do clube em fevereiro deste ano.

Durante a carreira, Peseiro trabalhou com as equipes a importância da posse de bola e se mostrou observador de jovens talentos.

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