Depois da 'Copa das Copas' que o Brasil fez neste ano, a Fifa poderá ter outra competição mundial na América do Sul. Pelo menos é isso o que informa, e espera, o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), o paraguaio Juan Angel Napout, em declarações dadas em evento da entidade antes da grande final da Libertadores, nesta quarta, entre San Lorenzo e Nacional-PAR.
Ele confirmou que trabalha para que o Mundial volte ao continente em 2030, daqui a três edições, portanto. Uruguai e Argentina seriam as sedes, em conjunto como foi Coreia do Sul e Japão em 2002. A primeira Copa do Mundo foi disputada em 1934 no Uruguai. O próprio Julio Grandona, morte semana passada, que era presidente da Associação Argentina (AFA), já dizia que a Fifa faria a competição nos dois países.
"Temos de conversar com a AFA e com a Associação Uruguaia de Futebol. Temos um trabalho permanente, mas temos de falar com eles, e também temos de ver em que situação isso está. A América do Sul quer a Copa de 2030 e isso está bastante avançado na Fifa. Temos dois Mundiais (Rússia e Catar) pela frente e ainda a definição de 2026", disse o dirigente, que está há uma semana no comando da entidade, cargo que ocupará até março de 2015. O Brasil, de Marin e Marco Polo del Nero, é um dos aliados do dirigente.
Entre suas bandeiras de gestão, Napout destaca a postura mais enérgica da Comissão Disciplinar. É possível também que as partidas decisivas da Copa América não tenham mais prorrogações, deixando as decisões para os pênaltis direto após as igualdades nos 90 minutos. A mudança é definida devido ao cansaço dos jogadores, mas também para não aborrecer os torcedores. Talvez somente a final tenha 30 minutos extras.
"A Comissão Disciplinar vai ser mais dura. Já está sendo. Até quatro anos atrás nem tinha a Comissão, mas hoje temos. Temos apelação e comissão de ética. Vamos punir. Quem incomodar os outros times antes de jogos com explosão de fogos, e tudo isso, vai ser punido."
A Conmebol também estuda e vê com bons olhos a decisão da Libertadores em jogo único, como ocorre com a final da Liga dos Campeões da Europa. Com isso, a entidade também tira algumas partidas do calendário anual.