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Conquista rara: só 5 jogadores de Palmeiras e Santos já venceram a Libertadores; Pará busca o tri

Palmeirenses Marcos Rocha e Willian e santistas Carlos Sánchez, Vladimir e Pará já conquistaram o torneio continental

Foto do author Ricardo Magatti
Por Ricardo Magatti
Atualização:

Apesar da tradição de Palmeiras e Santos na Copa Libertadores, a conquista do principal torneio de clubes do continente é um feito raro no currículo da maioria dos jogadores das duas equipes. Dos finalistas que disputam o título no próximo sábado, no Maracanã, somente Willian, Marcos Rocha, Pará, Vladimir e Carlos Sánchez já venceram a competição. O lateral santista, aliás, já foi campeão em duas oportunidades, e pode fazer história se levantar a taça pela terceira vez.

Conhecido por seu empenho e garra em campo e um dos líderes do jovem elenco treinado por Cuca, Pará pode ser tricampeão da competição e entrar no seleto rol de atletas brasileiros que mais venceram o torneio continental. A lista tem o ex-lateral-direito Vitor, o ex-zagueiro Fabiano Eller, o ex-lateral esquerdo Ronaldo Luiz, o ex-meia Palhinha e o ex-atacante Elivélton, todos com três títulos cada.

Santos e Palmeiras vão se enfrentar no Maracanã pela final da Copa Libertadores Foto: Divulgação/Copa Libertadores

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Pará pode ainda ser o segundo jogador brasileiro a conquistar dois títulos seguidos por clubes diferentes e igualar Vitor, campeão pelo Cruzeiro em 1997 e Vasco em 1998. O jogador, de 34 anos, ganhou a Libertadores pelo próprio Santos em 2011 e pelo Flamengo em 2019. Sem espaço com a chegada de Rafinha, ele deixou o time rubro-negro em agosto daquele ano, mas, como participou da trajetória vitoriosa, sendo titular em todos os jogos da fase de grupos, foi incluído na lista de campeões da Conmebol. 

Pará e o goleiro Vladimir são os únicos dois remanescentes do elenco santista que venceu o tricampeonato em 2011 e tinha estrelas como Neymar e Paulo Henrique Ganso. O experiente lateral participou de 10 dos 14 jogos daquela campanha e agora pode fazer história pela equipe alvinegra se for novamente campeão quase dez anos depois. O clube da Vila Belmiro também faturou o torneio em 1962 e 1963 sob o comando de Pelé e companhia.

É um momento único na minha carreira. Já tive a oportunidade de conquistar esse título importante, está na história do clube, mas quero ganhar mais e mais

Pará, Lateral do Santos

"É um momento único na minha carreira. Já tive a oportunidade de conquistar esse título importante, está na história do clube, mas quero ganhar mais e mais. Não é à toa que voltei para minha casa e, junto com meus companheiros, alguns mais jovens, espero passar um pouco da minha experiência para que sejamos ainda mais fortes", disse o lateral, que tem 22 partidas pelo Santos na Libertadores. 

 

Recentemente, seu contrato foi renovado até o fim de 2022. Alisson é o capitão santista, mas Pará é um dos líderes e hoje tem status bem diferente em relação à sua primeira passagem ou logo que retornou em 2019.

Além de Pará e Vladimir, dos 33 atletas do elenco profissional do Santos, quem também já teve a oportunidade de levantar o troféu mais cobiçado da América do Sul foi Carlos Sánchez. O uruguaio ganhou o campeonato pelo River Plate, em 2015. Naquela edição, foi um dos destaques, tanto que entrou na seleção do torneio. Ele marcou quatro gols ao longo da competição, incluindo um na vitória por 3 a 0 no jogo da volta da final diante do Tigres. O veterano meio-campista, de 36 anos, se recupera da cirurgia após ter rompido o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo em outubro e só deve voltar aos gramados em maio.

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Pará pode ser tricampeão da Copa Libertadores se o Santos ganhar a final no sábado Foto: Ivan Storti/Santos FC

"Sábado que vem tenho que ter um dia perfeito para ter uma chance de ser campeão e é o que a gente tenta fazer". Vamos fazer tudo e mais um pouco para tentarmos sair campeões”, disse o técnico Cuca.

Palmeiras

Em busca de seu segundo título da Libertadores, o Palmeiras conta com dois jogadores do elenco de 27 jogadores que já ganharam o torneio: Marcos Rocha e Willian. O atacante foi campeão pelo Corinthians em 2012 e o lateral-direito, pelo Atlético-MG, no ano seguinte, justamente sob o comando de Cuca, que vai rever desta vez como adversário na final.

Willian foi coadjuvante na conquista do Corinthians. Já Marcos Rocha foi um dos protagonistas do título do Atlético, que tinha nomes como Victor, Bernard, Ronaldinho Gaúcho e Jô no elenco. Certo é que os dois têm experiência de sobra para contribuir com a equipe alviverde. Eles não são titulares absolutos do time do técnico Abel Ferreira, mas são peças importantes e a tendência é de que comecem jogando no Maracanã. 

Tite e o atacante Willian no vestiário do Pacaembu antes de jogo do Corinthians pela Libertadores de 2012 Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Nesta temporada, o lateral deu cinco assistências e marcou dois gols em 43 jogos disputados. Enquanto que o atacante é o jogador do elenco que mais vezes entrou em campo na temporada e tem balançado as redes com frequência. São 62 jogos disputados em 66 possíveis e 18 gols marcados. Desde que chegou, ele anotou 56 tentos é o vice-artilheiro do Palmeiras no século, por qualquer competição, atrás só de Dudu (70).

Além da tensão e da emoção, foi para isso que estudei e trabalhei tanto, para chegar à final e desfrutar com responsabilidade e viver este momento

Abel Ferreira, Técnico do Palmeiras

"Além da tensão e da emoção, foi para isso que estudei e trabalhei tanto, para chegar à final e desfrutar com responsabilidade e viver este momento. Nem todos jogadores e treinadores chegam à final. Temos esse privilégio e temos de fazer o que nos compete, jogar em alto nível", afirmou o técnico Abel Ferreira.

Estrangeiros

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O jogador com mais títulos da Libertadores é o argentino Francisco Sá. Ele é hexacampeão, com quatro conquistas pelo Independiente, clube mais vencedor, com sete taças, e duas pelo Boca Juniors. O uruguaio Ricardo Pavoni, por sua vez, é outro que participou da época de ouro do Independiente e tem cinco títulos da competição continental.

Depois, na sequência, aparecem nove jogadores tetracampeões, todos argentinos, como Guillermo Barros Schelotto, e vários tricampeões, a maioria novamente formada por "hermanos", incluindo Juan Román Riquelme, ídolo do Boca Juniors, a segunda equipe mais vitoriosa da história, com seis troféus. A Argentina ostenta 25 títulos, enquanto que o Brasil tem 19 conquistas e agora, com Palmeiras e Santos na final, diminuirá essa diferença.