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Continua a saga...

São Paulo tem outra cartada importante, em busca de paz, na visita que faz ao Vitória

Por Antero Greco
Atualização:

Há boas alternativas para tensão, neste domingo. Uma delas é a presença do líder, e um tanto instável, Corinthians no clássico com o Vasco em Itaquera. Será que a turma de Fábio Carille retoma o rumo ou vacilará? Ou o encontro dos rubro-negros Flamengo x Sport, no Rio, com a rivalidade de três décadas em torno do título brasileiro de 1987. Aquela história de módulos, Clube dos 13 e etc., que foi parar na Justiça e até hoje divide opiniões entre as duas agremiações. Mas temperatura máxima, para ficar no slogan da tevê, será atingida em Salvador, onde o Vitória hospeda o São Paulo. O amigo leitor pode perguntar: “Como assim?! São times na parte de baixo da classificação. Cadê a atração?” Justamente por isso. Ambos frequentam a zona de descenso, estão separados por dois pontos e têm a corda a estreitar os respectivos pescoços. Duelo com ingredientes tradicionais para mexer com os nervos: são clubes populares, convivem com o fantasma da Série B, já trocaram de comando, recebem pressão de torcedores, estão apavorados. No momento, pior o quadro para os paulistas, que jamais caíram e andam perdidinhos, dentro e fora do campo. Os baianos permanecem entre os quatro últimos, mas nas últimas sete rodadas esboçam reação, com 4 triunfos, 2 empates, 1 derrota. Não tem jeito, o foco é mesmo o tricolor. O medo do fracasso aumenta, pelos lados do Morumbi, semana após semana. O São Paulo não acerta o prumo e acumula derrapadas em todos os setores. Nos bastidores, teve dias conturbados por diversos episódios: o pito público de Rodrigo Caio em Cueva, e a ironia do peruano em relação ao companheiro. Depois, fizeram as pazes, ou ao menos assim parece.  Em seguida, Muricy Ramalho se ofereceu para algum tipo de ajuda informal. A diretoria aceitou, sem se dar conta de que poderia soar como interferência na autonomia de Dorival Júnior. Para coroar, a cartolagem permitiu que um grupo de representantes de organizadas fosse ao CT para encontro com jogadores, a fim de cobrar empenho deles e para “apoiá-los”. Indícios claros de desorientação geral.  Com a bola a rolar as coisas não empolgam. Em período idêntico ao usado para avaliar a produção recente do Vitória, o São Paulo computa 2 vitórias, 3 derrotas e 2 empates. Ou 9 pontos conquistados contra 14 do adversário deste domingo. A defesa levou 16 gols, o ataque fez 14. O time se manteve entre o quarteto dos ameaçados de degola – e agora só à frente do Atlético-GO. Dorival mexe em todos os setores – e de rodada em rodada, numa inquietante busca de equilíbrio e formação ideal. Não há meio de obter ajustes confiáveis. O conforto solitário até o momento tem sido a presença firme e talentosa de Hernanes. O meia repatriado meses atrás se mantém como estrela solitária da companhia, referência como liderança e com gols (7) esperançosos.  Paira interrogação sobre Dorival e o futuro imediato dele. Por mais que a direção reafirme o propósito de não tocar na Comissão Técnica, impossível cravar que não apele para medida drástica, em caso de novo fiasco. Não há nada mais inseguro do que dirigente acuado, sobretudo se se agiganta o risco de queda. Espera-se que o São Paulo encontre saída diante de rival direto nessa corrida insana. De preferência com futebol aceitável. E, de quebra, não custa fazer uma promessa para o Senhor do Bonfim. Aproveita que o pessoal está em Salvador e na segunda-feira pode agradecer ao santo.

OLHO VIVO

Curto e grosso: o Corinthians não está em crise nem tem a liderança ameaçada. Por enquanto. Para não dar margem a alarmismo, precisa fazer a parte dele e ganhar do Vasco em casa. Tarefa fácil, até rodadas atrás. Agora... Mas é hora de mostrar que não virou o fio. 

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