Contratação de lateral Léo divide opiniões no Santos

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Por Sanches Filho
Atualização:

O que era certeza na terça-feira passou a ser dúvida nesta quarta. Um dia depois de ser considerado como reforço de impacto para a campanha de mais uma reeleição do presidente Marcelo Teixeira, a contratação de Léo divide o Santos. Os dirigentes mais próximos ao técnico Márcio Fernandes, como o gerente de futebol José Ely Miranda, o ex-capitão Zito, e o supervisor Ocimar Bolicenho, são contrários à volta do lateral-esquerdo. Léo se destacou pelo Santos nas conquistas do títulos brasileiros de 2002 e 2004, e isso conta a favor do jogador, que pode chegar mesmo não sendo unanimidade na Vila Belmiro. Teixeira teria telefonado para o lateral assim que soube de sua rescisão com o Benfica, de Portugal, e reforçou o convite para que ele encerre carreira no Santos. Seu argumento é de que se trata de um jogador identificado com a torcida, e que será importante no grupo porque Kléber é seguidamente convocado para a seleção brasileira. "Quando o Santos demonstrou interesse por Léo, havia a possibilidade de Kléber ser negociado. Mas, como não surgiu nenhuma proposta por ele, a situação agora é outra e o departamento de futebol não pretende trabalhar com três laterais-esquerdos", disse Bolicenho nesta quarta. "Mas se o presidente entender que é importante, Léo poderá vir para o Santos, principalmente agora que se desligou do Benfica", contemporizou o dirigente. Zito argumenta que, voltando ao Santos, Léo teria que disputar posição com Kléber, que é da seleção, e Triguinho, um jogador jovem e de grande vitalidade. "E quem garante que ele está jogando como em 2005, quando foi embora?", indagou. O diretor de futebol Adilson Durante Filho acha que Léo corre o risco de repetir o fiasco de Giovanni na volta ao clube. "Ele saiu como ídolo e pode arranhar a sua imagem. Acho melhor preservá-lo", afirmou o dirigente.

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