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Controle de acesso gera filas no entorno do estádio antes de jogo do Palmeiras

Demora na conferência dos ingressos e dos documentos com fotos dos torcedores foi principal problema

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

O controle de acesso realizado pela Polícia Militar nas proximidades do estádio Allianz Parque, em São Paulo, gerou transtornos para os torcedores na tarde deste domingo, antes da partida entre Palmeiras e Chapecoense, pelo Campeonato Brasileiro. O principal deles foi a demora na conferência dos ingressos e dos documentos com fotos dos torcedores. O controle, realizado nos três últimos jogos e que permite apenas a entrada dos torcedores com ingressos na rua Palestra Itália, gerou enormes filas em vários pontos. Cada torcedor demorava em média três minutos para conseguir superar a barreira policial.

Outro problema do controle de acesso foi a conferência dos documentos dos torcedores visitantes, da Chapecoense. Embora seja realizada em todos os jogos, a verificação demorou mais que o habitual. Isso também gerou filas e chegou alguns irritar os torcedores.

Cada torcedor demorava em média três minutos para conseguir superar a barreira policial Foto: Alex Silva|Estadão

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De acordo com a PM, a ação não se trata de controle de acesso, mas sim de uma "medida de segurança" e será realizada nos jogos de futebol e também nos shows. "Não se trata de proibição de acesso, mas, sim, de uma medida de segurança e controle com o objetivo de evitar a aglomeração de pessoas alheias ao evento, aglomeração essa considerada como ambiente favorável à prática de furtos e roubos", disse a PM. Ainda de acordo com o documento, a medida "segue o padrão adotado na Copa do Mundo FIFA 2014 e nos Jogos Olímpicos 2016".

No jogo deste domingo, a ação da PM não conseguiu impedir a venda de bebidas alcoolicas por comerciantes autônomos (ambulantes), outra justificativa dada pelos policiais e apoiada pela presidência do Palmeiras. O Estado flagrou a venda ilegal a poucos metros da barreira policial, principalmente na rua Palestra Itália.

Por causa da barreira policial, a torcida do Palmeiras também precisou mudar um de seus hábitos históricos na reta final do Brasileirão. A concentração dos torcedores se deslocou para as ruas mais distantes do estádio como Venâncio Aires, Diana e Caraíbas. Neste domingo, antes da partida contra a Chapecoense, a mesma festa das partidas anteriores foi feita fora da área do bloqueio. A festa não sumiu, mas mudou de lugar.

O controle de acesso motivou a criação de um abaixo-assinado pelos torcedores do Palmeiras. Já são 10,5 mil assinaturas. Na visão dos torcedores, o alto preço dos ingressos impede que a maioria dos torcedores entre no estádio. "Por conta do elevado preço dos ingressos para jogos no estádio Allianz Parque - tíquete médio mais caro do país - a única possibilidade para milhares de torcedores acompanharem seu time de perto é se reunir nas imediações do estádio, enquanto ouvem em rádios ou assistem pelas TVs dos bares do seu entorno as partidas do seu clube do coração, algo que acontece há décadas na região sem maiores transtornos. O campo de futebol existe naquele local desde 1902", disse trecho do documento.

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