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Convocação emociona Marcelinho

Após telefonema do técnico Scolari, o atacante do Hertha Berlim não se conteve e chorou copiosamente ao lado da família.

Por Agencia Estado
Atualização:

Desde o período em que se destacou pelo São Paulo (entre 1997 e 2000), Marcelinho Paraíba alimentava a esperança de um dia ser convocado para a seleção brasileira. Quem lhe deu a notícia foi o próprio técnico Luiz Felipe Scolari, no telefonema mais importante de seus 26 anos. Nesta quarta-feira, emocionado, o atleta fez questão de lembrar da conversa. Foi na antevéspera da divulgação da lista dos escolhidos para o amistoso desta quinta-feira com o Panamá e o jogo com o Paraguai, dia 15. Marcelinho, atualmente no Hertha Berlim, estava dormindo, após uma tarde exaustiva de treinos pelo clube. Eram duas horas da madrugada na Alemanha. Recebeu uma chamada de um amigo, que lhe pedira que telefonasse naquele instante para Scolari. Ao ouvir do treinador a confirmação de que era um dos relacionados para as duas partidas, não se conteve: chorou e arrastou consigo sua mulher, Estela, seu irmão, Cláudio, e a prima Adriana. "Ninguém dormiu mais, ficamos todos chorando até o dia amanhecer." Naquele momento, telefonou para os pais, na Paraíba, e eles também tiveram uma crise de choro. "O negócio cresceu tanto, parecia uma corrente." Quando voltou à realidade, passou a se preparar para a apresentação. Chegou a atribuir a um capricho estético o sucesso. "Desde que pintei os cabelos, ano passado, tudo melhorou em minha vida", contou. Tornou-se um "falso louro", alcunha com que é tratado por alguns colegas de seleção. O atacante parece bem-humorado e atencioso. Nos treinos, reclama pouco e incentiva bastante os outros jogadores. Às vezes, arrisca um drible, coisa rara hoje no futebol brasileiro. "Na verdade, vivemos uma fase de ansiedade e de insegurança; mas logo isso vai passar e a seleção voltará a ser referência de novo." Scolari garantiu que Marcelinho seria titular contra o Panamá. Se aprovar, pode continuar no time para o jogo com o Paraguai. Precavido, livra-se de uma pergunta direta e embaraçosa: "vai ser o substituto de Romário na seleção?" "O Romário tem um grande nome, tem de ser respeitado por tudo o que já fez pelo futebol brasileiro e ninguém pode pensar em substituí-lo."

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