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Convocação não muda rotina de Tinga

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Por Agencia Estado
Atualização:

A convocação para seleção brasileira não alterou o comportamento e a rotina, sempre tranqüilos, do meia Tinga, do Grêmio. À tarde, ele se apresentou ao técnico Tite para treinar normalmente, visando o jogo de estréia de sua equipe no Campeonato Brasileiro, contra Atlético Paranaense, em Curitiba, quinta-feira. "A pessoa tem que agir com naturalidade sempre, mesmo que uma primeira convocação sempre mexa com a cabeça da gente", disse o jogador, ao final do treino, no estádio Olímpico. De origem humilde e fanático por futebol desde garoto, Paulo César Fonseca do Nascimento, 23 anos, perseguia esse sonho ainda garoto, quando só queria jogar bola nos campos empoeirados da Restinga (daí veio seu apelido, abreviado), um bairro popular na periferia da capital gaúcha, no extremo sul da cidade: "Ele sempre disse que um dia seria famoso no futebol", disse, emocionada, sua mãe, dona Nadir. E acrescentou: "Graças a Deus o Luiz Felipe o convocou para a seleção, justamente num jogo aqui em Porto Alegre. Isso é demais". No treino desta quarta-feira ele correu e marcou exatamente como faz nos jogos oficiais, principalmente nos dois últimos, pela Copa Mercosul, contra River Plate e Universidad de Chile, vitórias de 4 a 2 e 2 a 0: "Hoje em dia jogador que não fizer isso, marcando e atacando, está fadado ao fracasso", falou, com a autoridade de quem sabe que não pode mudar a sua maneira de se posicionar em campo. Tinga, desde os dez anos no Grêmio, confessa que essa na marcação, como segundo homem do meio-campo, deve ao técnico Joel Santana, que o comandou no Botafogo do Rio de Janeiro, no ano passado: "Antes eu jogava mais adiantado, embora, às vezes, também voltasse para marcar. Aqui, com o Tite, aprimorei ainda mais esse estilo, típico do futebol gaúcho. "Vamos ver como será com o Felipão", disse. Só ser convocado já me deu uma alegria. A emoção é grande", completou, antes de sumir no corredor que dá acesso aos vestiários.

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