Copa América: segurança insuficiente

Delegações ainda não estão convencidas da eficiência do sistema de segurança a ser adotado na competição; Argentina decide na 3ª se disputa.

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Por Agencia Estado
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Nem mesmo um megaesquema de segurança que contará com a participação de 23 mil pessoas está sendo suficiente para tranqüilizar os jogadores que irão disputar a Copa América na Colômbia. Na Argentina, os dirigentes, com temor da violência e descontentes com a repentina decisão da Confederação Sul-Americana de Futebol de realizar a competição, definem nesta terça-feira a participação de sua seleção. Em outros países, os jogadores querem das autoridades de seus países garantias extras de segurança para viajar. Com medo da repetição de incidentes como o seqüestro do organizador da Copa América, Hernán Campuzano, o governo colombiano está mobilizando um grande efetivo para garantir a integridade física de atletas, dirigentes, jornalistas e turistas que visitarão o país durante a competição. "Nosso objetivo é muito claro: garantir a segurança durante toda a Copa América, que estamos seguros de que ela será a Copa da Paz", disse diretor-geral da Polícia da Colômbia, Luís Gilbert. O esquema de trabalho terá participação de 20 mil policiais mais 3 mil agentes do serviço secreto colombiano, assessorados por uma companhia estatal dos Estados Unidos especializada em luta antiterrorista. Segundo Gilbert, as cidades de Barranquilla, Medellín, Cali e Bogotá contarão um efetivo de 4.100 policiais cada, enquanto Pereira, Armenia e Manizales terão 3.900. Os policiais vão assumir o comando dos estádios dois dias antes de cada partida e serão organizados três cordões de isolamento para evitar a entrada de armas, bebidas alcólicas, drogas, e outros objetos que possam causar ferimentos. O Corpo de Bombeiros, a Cruz Vermelha e paramédicos também estarão de prontidão, colaborando com o esquema de segurança. Câmeras de vídeo serão instaladas na periferia das cidades. GARANTIAS - Mas o trabalho dos colombianos não está convencendo os jogadores de outros países. Os brasileiros contarão com o reforço de um efetivo da Polícia Federal. Os peruanos querem um seguro de vida para viajar e os uruguaios afirmam que não embarcam para a Colômbia se uma escolta não for mobilizada e um integrante do poder executivo do país não acompanhar a delegação. RESISTÊNCIA - A decisão argentina de não participar da Copa América já está ganhando resistência. Os presidentes do River Plate, David Pintado, e do Boca Juniors, Maurício macri, dirigentes dos tradicionais rivais do futebol argentino, entraram em acordo ao afirmar que a seleção local não pode deixar de participar da Copa América. A CSF já determinou que se os argentinos não participarem eles não serão substituídos por outra seleção. No caso do Canadá, que desistiu, a Costa Rica entrará em seu lugar.

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