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Copa SP faz acordo com sindicato

Por Agencia Estado
Atualização:

O juiz Nelson Nazar, do Tribunal Regional do Trabalho, decide nesta quinta-feira se cassa a liminar concedida ao Sindicato de Atletas, assegurando férias de 25 dias para os jogadores dos times que disputaram a série A do Campeonato Brasileiro. Ao mesmo tempo, a Federação Paulista de Futebol e o Sindicato de Atletas anunciaram acordo para que todos os jogadores sub-20 profissionalizados, dos mesmos times, possam disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior, a partir de 4 de janeiro. "Fizemos esse acordo porque ouvi dos atletas que eles queriam jogar a Copinha. Esta é uma forma de mostrarmos quem é intransigente e quem é democrático", justificou nesta quarta-feira Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato dos Atletas. "Foi a melhor solução. Sentamos, discutimos muito tempo e chegamos a esta conclusão. A Copinha é uma grande vitrine. Empresários ficam de olho nos jogadores. Quem vai querer ficar de fora dela?" comentou Marco Polo Del Nero, presidente da FPF. O acordo garante a participação de Palmeiras, Santos e São Paulo na Copa de Juniores. Os três clubes ameaçavam não disputar a competição se não pudessem contar com os jogadores profissionais. A questão agora é que o Sindicato de Atletas considera que os clubes que entraram com mandado de segurança para cassar a liminar concedendo férias romperam o acordo. Assim, Palmeiras, São Paulo, Santos, Guarani, Ponte Preta e São Caetano não poderiam se beneficiar do acordo, inscrevendo os profissionais sub-20 na Copa de Juniores. Já a Federação Paulista de Futebol, através de Marco Polo Del Nero, vê o impasse por outro ângulo. "São duas coisas separadas. Uma é o acordo para a Copa São Paulo. A outra é que eles decidiram recorrer para uma decisão mais ampla sobre a questão das férias. Os clubes estão agindo dentro da legalidade", diz o dirigente paulista, esperando que a liminar seja cassada e que os clubes possam iniciar a temporada mais cedo. Se a liminar prevalecer, os jogadores só poderão voltar aos treinos a partir do dia 14 de janeiro. Os clubes pretendem retomar as atividades entre os dias 5 e 8 de janeiro. Quem violar a liminar terá que arcar com multa de R$ 100 mil/dia por cada atleta. Caso o juiz Nelson Nazar casse a liminar concedida pelo juiz Márcio Mendes Granconato no dia 17 de dezembro, na 2ª Vara do Trabalho, Rinaldo Martorelli diz que não desistirá: "Com o apoio que estou recebendo dos jogadores, não vou parar. Iremos a Brasília, a instâncias superiores, dispostos a defender os direitos da categoria".

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