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Corinthians aposta em ‘negócio da China’

Para ganhar espaço no mercado mundial, Alvinegro faz ‘vestibular’ para contratar chinês

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Por Redação
Atualização:

Depois de criar sua própria "República Popular", o Corinthians mira agora a fonte de sua inspiração para este nome. Em no máximo três meses, o clube pretende ter em seu elenco profissional um jogador chinês.

 

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A contratação, que mais se parece com uma mistura de negociação diplomática com processo de seleção para um posto de trabalho em uma empresa privada, é o resultado de conversas, observações e planejamento realizados durante pelo menos seis meses pela diretoria corintiana, que envolveu não apenas o departamento de marketing, mas também o comando técnico do time.

 

E é também - e principalmente - a fase inicial de implantação de um projeto de marketing feito especialmente para conquistar o interesse da China, o maior mercado consumidor do mundo e, ainda, um território em que o futebol brasileiro é conhecido, mas seus clubes, não.

 

Depois de quatro meses de garimpo e procura jogadores na liga chinesa que tenham potencial para ao menos fazer parte do elenco corintiano, três candidatos foram selecionados. E um deles deverá ser incorporado ao grupo até março.

 

O trio já recebeu o aval técnico da equipe. O gerente de futebol Edu Gaspar foi quem ficou encarregado de observar se os atletas têm condições de jogar, embora não haja nenhuma expectativa de fazer o vencedor do processo de seleção se tornar peça principal da equipe.

 

Os três finalistas têm perfil semelhante. Todos demonstram noções de português e, segundo integrantes do estafe corintiano, são jogadores que já têm contratos com a Nike, fornecedora de material esportivo do Corinthians e que seria parceira do clube na ideia.

 

Para tocar o projeto, o Corinthians precisou negociar e pedir a permissão até mesmo do governo chinês. Segundo o clube, houve contatos com os representantes do país no Brasil.

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Embora tenha recebido apoio, o clube pretende bancar sozinho a contratação. Na avaliação da cúpula alvinegra, o custo salarial de um jogador chinês é relativamente baixo para os padrões salariais da elite do futebol brasileiro.

 

Bola no pé. Para que o projeto dê certo, acreditam os corintianos, é necessário que o atleta entre em campo pelo menos de vez em quando para que a suposta audiência chinesa possa vê-lo como parte do grupo de jogadores e, assim, tornar o nome do clube conhecido.

 

A ação de marketing corintiana segue modelo parecido com o adotado pela NBA há alguns anos. A liga norte-americana recrutou o chinês Yao Ming para abrir caminho na China por meio de um ídolo local. A estratégia deu certo, e Ming defendeu por várias temporadas a equipe do Houston Rockets.

 

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