29 de novembro de 2010 | 10h10
SÃO PAULO - Depender de um time fraco, desmotivado e já rebaixado na última rodada para conquistar o título do Campeonato Brasileiro não é o sonho de ninguém. Mas esta é a realidade do Corinthians, que precisa de um tropeço do Fluminense diante do Guarani no próximo domingo no Rio de Janeiro para ser campeão.
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Além disso, a equipe alvinegra terá que superar o Goiás fora de casa, no mesmo dia, missão que não parece muito difícil, pois os goianos também já caíram para a Série B e devem atuar com os reservas - estão com as atenções voltadas para a final da Copa Sul-Americana.
E o Flu, líder do Brasileirão com 68 pontos (um a mais do que o Corinthians), tem bom retrospecto em casa. São 11 vitórias, cinco empates e duas derrotas. No entanto, na última vez que jogou no Engenhão, não foi bem. Apenas empatou com o Goiás, que na ocasião já estava a caminho do rebaixamento.
"Se o Goiás tirou pontos do Fluminense, por que o Guarani não pode fazer o mesmo?", indagou o confiante Bruno César, meia que é uma das principais revelações do Campeonato Brasileiro e artilheiro do Corinthians no torneio, com 14 gols.
O técnico Tite, com excelente aproveitamento desde que assumiu o clube na reta final da competição (cinco vitórias e dois empates), também não perde a oportunidade de levantar o moral do grupo. "Apenas os persistentes são vencedores. E o futebol é um jogo de muitas variáveis".
Já o capitão William, que contra o Goiás deve fazer sua última partida com a camisa do Corinthians - vai se aposentar no fim da temporada -, disse que o Corinthians tem somente que pensar em fazer sua parte, para depois ver o que acontecerá. "A gente sabe que não depende apenas das nossas forças, mas vamos para Goiás com o sentimento de que ainda falta um passo. Aí o resto fica a cargo do Deus do futebol, se achar que a gente merece".
Mala branca. Oficialmente, o Corinthians nega qualquer tipo de incentivo financeiro ao Guarani para vencer ou pelo menos empatar contra o Fluminense. "Aqui não tem Caixa 2", declarou o presidente Andrés Sanchez.
No entanto, como no mundo do futebol a 'mala branca' não é vista como algo antiético, a hipótese não é descartada pelos jogadores. "Receber qualquer tipo de incentivo para vencer não é problema. Não há pecado ou ilegalidade em oferecer dinheiro para o Guarani empatar ou ganhar o jogo", afirmou o zagueiro William.
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