Corinthians apresenta suas novas caras

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Por Agencia Estado
Atualização:

O torcedor do Corinthians já pode começar a se familiarizar com os nomes de Marquinhos, Betão, Moreno, Bobô e Abuda. Afinal, são garotos promovidos das categorias de base do clube e que serão titulares neste sábado, às 16 horas, no Pacaembu, diante do Guarani. E muito provavelmente em mais alguns jogos deste Campeonato Brasileiro. O técnico Geninho terá o desfalque de 15 jogadores ? 16 caso Cocito seja vetado pelos médicos ? e foi obrigado a apelar para os desconhecidos jovens. Não esqueçam, ainda, de Wendel, Jô, Roger, Fininho, Marcus Vinícius, Wilson, Jonatas, todos jovens prontos para entrar no time. A dupla de ataque será formada por Abuda, de 17 anos, e Bobô, de 18. Desconhecidos dos torcedores, eles garantem ter entrosamento, pois foram campeões paulista Sub-17 ano passado pelo Corinthians, em cima do mesmo adversário deste sábado, o Guarani. Juntos, marcaram 23 gols. Abuda chegou ao Corinthians no dia 4 de maio de 2002. Defendia o Juventus. Ele veio de São Luís do Maranhão, tentar a sorte no futebol. Em sua cidade natal, passava por dificuldades. De família muito pobre, ele, para garantir alguma comida na mesa, trabalhava como flanelinha, guardando carros na rua. Hoje, sonha em dar uma casa para a mãe. E mesmo com apenas 17 anos, Abuda encantou em sua estréia, quarta-feira contra o Goiás. Abusado, promete ?pedalar? contra o Guarani. Ele se espelha em Robinho, do Santos. ?Ele é de origem pobre, como eu?, afirmou. A ousadia rendeu convocação para o Mundial Sub-17, na Finlândia. Já Bobô deixou Santa Rita, na Paraíba, há 10 anos, para jogar no infantil do Corinthians. Centroavante nato, gosta de marcar gols de cabeça. Estava com os juniores em Belo Horizonte, para uma competição e foi chamado às pressas. Nesta sexta-feira, fez o primeiro treino com os profissionais. O apelido ganhou do padrasto, fã do ex-goleador do Bahia. A história do zagueiro Betão, de 19 anos, é bem diferente. De família de classe média da zona norte de São Paulo, é o intelectual do time. Caso não fosse promovido aos profissionais no início do ano, estaria cursando o 3º ano de fisioterapia. Articulado, fala bem e mostra personalidade. ?Vamos entrar e tirar o time desta fase (está em queda livre no Brasileiro, já que não vence há quatro jogos). Não adianta falar que é fogueira, que vamos nos queimar, a oportunidade surge é na hora boa e agora só depende da gente?, disse Betão. Betão, contudo, chegou ao Corinthians por acaso. Em 1994, o pai preparava-se para trazer o outro filho, de 13 anos, franzino, magro e habilidoso com o pé esquerdo, para fazer testes no clube. O baixinho e gordinho Betão, de 10 anos ? queria ser goleiro ?, ficou chorando. Seu Erick acabou trazendo os dois. E, por ironia do destino, Betão foi o aprovado. O lateral Moreno e o zagueiro Marquinhos, ambos de 20 anos, são mais ?experientes?. Também formados nas categorias de base, já têm uma série de jogos no currículo. Marquinhos estreou em 2000 no profissional ? já atuou 28 vezes ? com a incumbência de marcar Romário. Foi bem e recebeu elogios do atacante. Moreno ? estreou atuando como meia e fez gol logo na primeira partida (1 a 0 sobre o Osasco) ? sempre substitui Kleber. Cada um tem uma história na vida, mas o mesmo objetivo. Firmar-se como titular e recolocar a equipe do Corinthians no rumo das vitórias.

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