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Corinthians: atletas aprovam "blindagem"

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os jogadores do Corinthians ainda estão traumatizados com as agressões depois do Campeonato Paulista. Tanto que acharam acertada a decisão da diretoria de enviar 12 seguranças para Extrema. Eles não estão dispostos a se aproximarem dos torcedores. Principalmente os membros da Gaviões da Fiel que prometeram acompanhar os treinos na cidade mineira. Os dirigentes da torcida uniformizada defendem não só "ver quem corre ou não". Eles querem uma reunião ´fechada´ com a diretoria corintiana, com Oswaldo de Oliveira e com os jogadores. Só que os atletas não estão dispostos a conversas. A maioria deles evita falar abertamente. Menos um: o meia Rodrigo. "Para mim, a coisa funciona assim: atleta joga futebol. Torcedor fica na arquibancada dando força ao seu time. Cada um faz o seu. Não existe motivo para conversa." Rodrigo ainda não perdoou os torcedores que o atingiram com ovadas no aeroporto de Cumbica. Fábio Costa que quase agrediu um torcedor ao final de um treino há 20 dias também não se mostrou muito empolgado com a idéia de dar explicações aos torcedores. "Eu até falo porque não tenho medo de ninguém. Ou muito menos abaixo a cabeça por ter feito alguma coisa de errado. Tudo que fiz pelo Corinthians foi com honestidade. Se as coisas não deram certo até agora ninguém pode falar que foi por falta de empenho. Isso eu não aceito." Oswaldo de Oliveira é no elenco quem tem o perfil mais conciliador. Enquanto a equipe embarcava para enfrentar o Ferroviário e era perseguida pelos atiradores de ovos, o treinador gesticulava e prometia aos torcedores ´garra, vibração´. Foi poupado do vexame de sentir um ovo estourando na sua cabeça, como o ressentido Rodrigo. Por isso aceita de forma tranqüila conversar com os torcedores. O presidente Alberto Dualib e o vice Antônio Roque Citadini se preparavam para voltar de Portugal onde foram tentar buscar dinheiro e reformar o Parque São Jorge. Os contatos com o banco Espírito Santo parecem ter sido promissores. O clube precisava de US$ 7 milhões para aprimorar o seu estádio.

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