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Corinthians deve ficar sem parceiro

Por Agencia Estado
Atualização:

Após quase dois meses da assinatura do pré-contrato do Corinthians com a Media Sports Investiment (MSI), a parceria ainda não saiu do papel e muitos conselheiros duvidam que ela um dia saia. A simples menção ao milionário negócio, no entanto, serviu para dividir o poder no Parque São Jorge. O presidente Alberto Dualib fez o possível para fechar o acordo de dez anos apesar das dúvidas em relação a ele. Perdeu prazos, prejudicou sua imagem na mídia ao ser vinculado ao suposto mafioso russo Boris Berezovski e, ao que tudo indica, ajudou a fortalecer o vice-presidente de futebol, Antonio Roque Citadini, possível candidato em 2005 e contrário à parceria. Citadini se esforça para mostrar que a relação com o presidente não foi arranhada. No início das conversas com o grupo estrangeiro, cogitou-se a possibilidade de ele se afastar do clube caso fosse fechado acordo com a MSI. Há cerca de um mês, no entanto, declarou que não sairia do cargo, para o qual foi eleito, mas não se sentaria para negociar com "pessoas sobre as quais pairasse alguma suspeita". Nos bastidores, Dualib declarou estar chateado com o comportamento de Citadini. Conselheiros próximos aos dois dirigentes contam que, desde a reunião do Conselho Deliberativo que aprovou o pré-contrato, dia 24 de agosto, o vice não teria mais procurado o presidente e estaria assumindo a função de oposição no Parque São Jorge. "O Dualib ficou muito chateado com a postura dele e acredito que nem pensa mais em apoiar o Citadini numa futura eleição", disse uma influente pessoa do clube. "Mas se o Dualib se lançar como candidato, vence fácil. Internamente, ele continua forte", concluiu. Enquanto isso, advogados do clube tentam, a pedido de Dualib, incluir na proposta de parceria uma redução do prazo de validade do contrato - cairia de dez para seis anos - e um acréscimo no valor a ser investido no clube. Os representantes da MSI, entretanto, resistem à idéia. "O Kia não tem autonomia para mudar essas cláusulas. O dinheiro não é dele, mas sim de investidores do exterior", analisou um dos conselheiros do Corinthians.

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