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Corinthians: Esforço para mostrar paz

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Por Agencia Estado
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Para os mais desavisados, parecia tudo normal. O torcedor que não tivesse acompanhado o noticiário esportivo na última semana e assistisse ao treino do Corinthians, nesta sexta-feira pela manhã, no Parque São Jorge, não notaria nem a sombra da crise que ameaça a equipe depois da eliminação na Copa do Brasil para o Figueirense e dos maus resultados no início do Campeonato Brasileiro. Comissão técnica e jogadores se esforçam, mas é difícil esconder o clima pesado. "Se alguém disser que está feliz e tranqüilo por aqui, está mentindo", afirmou o meia Carlos Alberto. "Todos somos culpados, temos de sair dessa juntos." Por volta das 9 horas, os jogadores começaram a entrar no gramado. Meia hora depois, contrariando os rumores de sua demissão, o técnico Daniel Passarella apareceu e se reuniu com o grupo. "Percebi que vocês (repórteres) estavam surpresos quando apareci", brincou Passarella, tentando amenizar o clima. Os mais atentos perceberam que algo estava errado. Ao contrário do que ocorre às sextas-feiras, Passarella não comandou nenhum trabalho tático. Os jogadores que enfrentaram o Figueirense apenas correram em volta do gramado e os reservas fizeram um recreativo. "Estávamos desgastados, sem cabeça para treinar", disse Carlos Alberto. Precaução - Temendo represália dos torcedores pelo mau momento da equipe, a diretoria do Corinthians reforçou a segurança no Parque São Jorge. Mas poucos se arriscaram a assistir ao treinamento. Uma discreta bandeira pendurada no alambrado foi a única evidência da presença da torcida. Carlos Alberto, que se desentendeu com corintianos na concentração da equipe, em Florianópolis, defendeu a paz. "Não precisamos ter medo dos torcedores, mas não vamos procurar briga", disse. "É importante que eles estejam do nosso lado." Ao contrário da torcida, o assédio dos repórteres no treinamento foi enorme. Na sala de imprensa - de pouco mais de 20 metros quadrados - cerca de 50 pessoas se acotovelaram para a entrevista coletiva de Passarella. Há anos o local não ficava tão cheio.

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