Publicidade

Corinthians mantém os pés no chão

O treinador corintiano continua apelando para o discurso cauteloso. "Basta perdermos a final e sair da Copa do Brasil que as críticas ressurgirão", imagina.

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Corinthians chegou ao céu com a vitória dramática sobre o Santos por 2 a 1 e a classificação para a decisão do Campeonato Paulista. Mas, para voltar aos dias de apreensão e intranquilidade, como ocorreu no início da competição, a viagem pode ser curta. A constatação, um tanto agourenta, não é de nenhum adversário ressabiado. O alerta parte de Wanderley Luxemburgo, um dos responsáveis pelo bom momento da equipe. O treinador continua apelando para o discurso cauteloso no que se refere a comemorações e até carrega nas tintas. "Basta perdermos a final e sair da Copa do Brasil que as críticas ressurgirão", imagina. "As pessoas que estão nos elogiando hoje vão novamente falar mal do time. Comemoramos no domingo a classificação, agora é pôr os pés no chão." A preocupação do treinador é a de controlar a euforia. Luxemburgo reuniu-se com os jogadores hoje para alertá-los da responsabilidade que o time tem pela frente. O técnico disse que só começa a pensar na primeira partida contra o Botafogo, confirmada para domingo em Ribeirão Preto, depois do jogo com o Atlético-PR. O confronto com o time paranaense, pela Copa do Brasil, estava inicialmente marcado para quarta-feira, mas foi adiado para quinta-feira. Luxemburgo gostou da mudança de data. "Meus jogadores terão mais tempo para descansar e recuperar-se emocionalmente da partida de domingo", disse. O técnico também não criticou o fato de a primeira parte da final estadual ser no Interior. "Ribeirão Preto é uma grande cidade e lá já houve uma decisão de Paulista, entre Corinthians e Palmeiras." Festa - Luxemburgo tratou de passar o recado, mas a alegria pela classificação estava estampada no rosto de cada jogador do Corinthians. O meia Ricardinho, herói do time ao marcar o gol da vitória, disse que comemorou a vitória com a família no domingo à noite. Seus pais, José Luís e Roseli, vieram de Curitiba para assistir ao jogo. "Foi uma grande festa", disse o craque. "Em casa, não comento as derrotas, mas as vitórias, principalmente essa contra o Santos, compartilho com a família. Até agora ainda estou emocionado e quero esquecer logo o jogo, porque a guerra ainda não está ganha." Ricardinho explicou hoje várias vezes como bateu na bola, a dez segundos do final do jogo e mudou a história do campeonato. "Chutei de chapa, porque assim a bola não muda de direção", comentou. "Se chutasse com o peito do pé, a bola poderia ter desviado e bateria em alguém. Talvez nem entrasse." O lateral-esquerdo André Luiz afirmou que vitória foi uma obra divina. "Foi mesmo Deus quem pôs aquela bola nos pés do jogador certo", confessou. "Só o Ricardinho poderia fazer o gol no último lance da partida. Se fosse comigo, teria chutado com muita força e perderia a jogada." O lateral também aprovou a mudança da data do jogo com o Atlético-PR. "Terei mais um dia para me recuperar da contusão no joelho direito. Levei um pisão do Robert e está um pouco dolorido", disse o lateral. Para o jogo contra os paranaenses, Luxemburgo deverá escalar a equipe principal, com exceção de Paulo Nunes. O treinador disse que deverá poupar o atacante. Assim, Müller pode ganhar outra oportunidade na equipe na Copa do Brasil.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.