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Corinthians repudia novas regras da Conmebol: 'Agem como se fã fosse um estorvo'

Nota divulgada pelo clube critica proibição de bandeiras nos jogos da Libertadores e Sul-Americana

Por João Prata
Atualização:

O Corinthians emitiu nota nesta sexta-feira para repudiar as novas regras divulgadas pela Conmebol para os torcedores assistirem aos jogos da Libertadores e da Sul-Americana. Em texto assinado pelo presidente Andrés Sanchez, o clube se mostrou contrário às novas proibições feitas pela entidade.

"O Time do Povo não pode aceitar o ônus imposto pelas medidas aos reais donos do espetáculo, os torcedores, que frequentemente pagam caro para ir a estádios desconfortáveis, com serviços de péssima qualidade, por imposição de burocratas do futebol latino-americano, que agem como se o fã fosse um estorvo e não a razão de ser do espetáculo."

Andrés Sanchez, presidente do Corinthians. Foto: Hélvio Romero/Estadão

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O novo regulamento de segurança aumentou de 18 para 21 o número de itens proibidos nos locais dos jogos. A Conmebol agora não permite a entrada de bandeiras e bandeirões com mais de 1,5m de comprimento e 1m de largura. Também vetou objetos pirotécnicos, como sinalizadores e fumaças utilizadas pelas torcidas. Ainda exige que todos os ingressos sejam vendidos na internet e os lugares sejam marcados e com assentos.

"Em vez de penalizar a torcida com o fim das bandeiras e dos bandeirões e dos lugares populares onde costumeiramente os torcedores, em pé, entoam seus cânticos empurrando sua equipe, que fosse feito um estudo pela entidade sobre as melhores práticas no desenvolvimento dos espetáculos esportivos", informou a nota corintiana.

A Arena Corinthians tem os setores norte e sul sem assentos para que o torcedor possa assistir em pé às partidas. No texto, o presidente Andrés Sanchez defende a permanência desses espaços e também o retorno da presença de clássicos com duas torcidas. 

"Não vamos aceitar extinguir os locais populares de nossa Arena, nela queremos não só bandeiras e bandeirões, mas também instrumentos musicais e fogos festivos. Acreditamos que o diálogo deve trazer de volta os clássicos com duas torcidas, pois sabemos que, se tratarmos o torcedor como animal, geraremos um selvagem; respeitando-o como cidadão, teremos um torcedor apaixonado", finalizou o Andrés.

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