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Corinthians tem jogo de risco em Belém

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Por Agencia Estado
Atualização:

Paysandu, às 16 horas, em Belém. Em um campeonato de pontos corridos, onde a frase mais batida reza que "todo jogo é uma final", a afirmação pode parecer improcedente. Mas a verdade é que o jogo deste domingo é especial e diferente para o Corinthians. Não pelo adversário ou local, mas sim pela situação do mais popular clube paulista. Sumariamente eliminado (não marcou um mísero gol) da Copa Sul-Americana, competição cuja importância é discutida e, por isso, não provocou grandes frustrações nos torcedores, os corintianos só têm uma preocupação até o final do ano: voltar à Copa Libertadores da América. Claro, ninguém reclamaria se o feito viesse acompanhado do quarto título nacional, possibilidade essa que não freqüenta a argumentação de jogadores e da comissão técnica tal a improbabilidade de ocorrer. Para tanto, é necessário que o time dê a tradicional arrancada. Nada fenomenal para um clube que traz em seu currículo sucessos passados diante de desafios parecidos. Fica difícil apenas quando se restringe a análise ao momento atual. A começar pelo retrospecto alvinegro fora de casa até aqui. Foram só duas vitórias (contra Fortaleza e, na última rodada, o Atlético-MG). "Não há dúvida que para chegarmos entre os primeiros colocados precisamos melhorar muito nosso aproveitamento na casa do adversário", observou o técnico Geninho. Auto-estima ? Mas não é só em razão dos três pontos que o jogo se torna vital para o Corinthians, que até agora soma 36. No dia-a-dia, durante os treinos no Parque São Jorge, não é difícil perceber a falta de segurança e auto-estima do grupo. Dois detalhes explicam a situação. O primeiro é o grande número de jogadores jovens, recém-promovidos das categorias de base que, se por um lado primam pela vontade, por outro pecam pela falta de experiência, o que os torna, de certa forma, inseguros. O segundo é o conturbado momento pelo qual passam alguns dos mais "rodados", exatamente aqueles que deveriam dar o equilíbrio técnico e emocional ao time. São os casos dos atacantes Liedson e Gil e do lateral-esquerdo Kléber, todos em péssima fase. Soma-se a isso as ausências do meia André Luiz, afastado por 10 dias por causa de contusão na coxa esquerda, e do volante Vampeta, que volta às atividades somente em outubro. Assim, o resultado deste domingo pode indicar o comportamento da equipe na reta final.

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