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Corinthians tem novo diretor de futebol

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Por Agencia Estado
Atualização:

Antônio Roque Citadini resolveu pedir ajuda. O vice-presidente admitiu, a contragosto, que não pode continuar sendo o único responsável pelo tumultuado futebol do Corinthians. Ele se cansou de ser procurado por ex-jogadores apresentando fórmulas mágicas e interessados no salário de R$ 35 mil mensais oferecido ao diretor de futebol. Com a negativa de Edvar Simões, que preferiu ficar treinando o time de basquete de Mogi das Cruzes, o presidente Alberto Dualib, o influente Nesi Curi (diretor do departamento amador) e Citadini escolheram um empresário e jornalista de 56 anos: Flávio Adauto. "Conversei com todos e estou disposto a colaborar. A reunião definitiva ficou para amanhã. Sou sincero e vou deixar tudo claro desde já: não quero um tostão do Corinthians. Posso ajudar o Roque nos problemas mais importantes do futebol. Mas não irei ficar 24 horas com os jogadores. Se for contratado um executivo para isso, posso fazer parte da equipe. E repito: sem ganhar um tostão. Tenho três empresas, não quero tirar dinheiro do clube. Sou conselheiro e faço questão até de pagar a mensalidade", afirmou Flávio Adauto. Ele exerceu o jornalismo por 35 anos. Trabalhou em importantes órgãos de comunicação, como Jornal da Tarde, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Diário de S. Paulo, Gazeta Esportiva, rádios Bandeirantes e Jovem Pan. "Fui para oito Copas do Mundo e quatro Olimpíadas. Ganhei quatro prêmios Esso. Tenho uma visão do jornalismo esportivo que pode colaborar no difícil dia-a-dia do Corinthians", disse. O que atraiu a diretoria em Flávio Adauto foi o trabalho no basquete masculino. Como a equipe estava desativada, ele costurou acordo com o time de Mogi das Cruzes, que, com o distintivo do Corinthians, foi vice brasileiro em 2003 e agora disputa o playoff. "O Dualib gostou do resultado. Eu também tenho envolvimento com o tênis do Corinthians, uma das únicas atividades que dá lucro na parte social do clube. Meu relacionamento com o presidente é ótimo. Com o Citadini também. Mas sou uma pessoa de personalidade forte. Se for trabalhar é para trabalhar e tomar decisões. Se não for assim, continuo colaborando de longe. Não quero saber de fazer política. Quero ver o futebol dando resultados." Citadini ficou sozinho depois de derrotar dois inimigos: Fran Papaiordanou e Andrés Sanches, que viviam pressionando para tomar o futebol de Citadini. Conseguiram a permissão de Dualib. Só que montaram o time vexatório do Paulista e do Brasileiro. O poder voltou para Citadini, que está prestes a dividi-lo com Flávio Adauto e um executivo. Se essa será a nova divisão do departamento de futebol, a resposta sai nesta quinta-feira.

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