
03 Novembro 2015 | 07h00
Em campo, o Corinthians do técnico Tite funciona com perfeição, sabe o momento certo de se defender e quando precisa ser mais agressivo para surpreender o adversário e vencer. Fora dele, o treinador terá de controlar o clima de ansiedade pouco presente nas partidas que tomou conta do elenco.
Depois da vitória contundente sobre o Atlético-MG e com uma vantagem de 11 pontos na tabela com apenas cinco rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, os jogadores sonham com o momento de soltar o grito de campeão.
Ninguém no clube quer esperar. O objetivo é confirmar o sexto título nacional já na próxima rodada. Matematicamente é possível. Basta o Corinthians vencer o Coritiba no sábado, às 19h30, no Itaquerão, e torcer para o Atlético-MG tropeçar (o empate basta) diante do Figueirense, no domingo, às 17h, em Florianópolis.Logo após o jogo em Belo Horizonte no domingo, Tite pediu para que o jogo ocorresse simultaneamente ao do Atlético-MG. Mas o pedido dificilmente será aceito pela Confederação Brasileira de Futebol, que reabre nesta terça-feira depois do feriado de Finados. Os corintianos podem comemorar o título pela TV.
Nesta hora, os jogadores esquecem até o peso da rivalidade. Há algumas rodadas, os torcedores comentavam da possibilidade de erguer o troféu contra o São Paulo, em 22 de novembro, em Itaquera, mas, diante do desempenho do time, dificilmente o Corinthians não será campeão antes do clássico. Depois do Coritiba, o Alvinegro encara o Vasco no Maracanã.
“Estamos trabalhando para sermos campeões o mais rápido possível. Muita gente falava: 'Querem ser campeões contra o São Paulo?' Mas não, queremos ser no próximo jogo já”, afirmou o goleiro Cássio.
Se conseguir conquistar o título no próximo final de semana, o Corinthians vai igualar o recorde de São Paulo (2007) e Cruzeiro (2013), os únicos times campeões com quatro rodadas de antecedência.
A equipe briga ainda para fechar com o melhor aproveitado dos pontos corridos. O Corinthians registra 73,7% de aproveitamento, com 22 vitórias, sete empates e quatro derrotas, e está à frente do Cruzeiro, campeão em 2003, com 72,5%.
“Sei que a situação está encaminhada, mas calma. Temos o que percorrer. Matemática é fria, mas o lado humano nosso mostra que temos de estar no melhor nível de excelência. Quando bater matematicamente, aí vou respirar”, disse o treinador, que pretende repetir o discurso hoje com os jogadores na reapresentação do elenco.
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