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Corinthians usa o ataque "dos tostões"

Com desfalques por lesão, contusão ou convocações para seleção, o técnico Márcio tem como opção para escalar contra o Flamengo Jô, Wilson e Abuda, todos formados no clube.

Por Agencia Estado
Atualização:

Sem o ataque dos milhões, o Corinthians vai com o ataque dos tostões. Nada de Tevez, Carlos Alberto, Gil ou, muito menos, Vágner Love. Para enfrentar o Flamengo, domingo, em Mogi-Mirim (SP), o técnico Márcio Bittencourt vai ter à disposição Jô, Wilson e Abuda para o setor ofensivo. Dois desses três serão titulares. O outro fica no banco, como opção (única e) imediata. "A diretoria está trabalhando atrás de reforços. Enquanto eles não vêm, trabalhamos com o que temos em mãos", diz Márcio. "Jô, Wilson e Abuda são garotos de qualidade e que jogam juntos há muito tempo. Têm entrosamento. Vou optar por dois deles." E são os que sobraram no elenco. Todos os outros estão fora, por algum motivo: Tevez, que custou aproximadamente US$ 20 milhões à MSI, está com a Seleção Argentina e só volta ao clube em julho; Carlos Alberto, o meia que vinha jogando no ataque e custou 7 milhões de euros, está com gastrite e não consegue nem treinar direito por causa das dores estomacais; Gil, aquele que um dia já foi o xodó do clube alvinegro, luta contra uma contusão muscular há duas semanas (e tem propostas para sair). E até Bobô, quem diria, está fazendo falta: convocado para a Seleção Brasileira Sub-20 que disputará o Mundial na Holanda, ele só volta ao clube em julho. "É nessas horas, com tantos desfalques, que surgem as oportunidades para a garotada da base", opina o lateral-esquerdo Gustavo Nery, que, do alto de seus 27 anos, posa como veterano no clube. Além dele, só o goleiro Fábio Costa (28) e o meia Roger (27) têm mais que 25 no elenco. Os demais são garotos, a maioria formada no terrão do Parque São Jorge. É possível que 8 dos 11 titulares no domingo sejam oriundos das categorias de base. As três exceções seriam justamente Fábio Costa, Gustavo Nery e Roger. "Acho que já mostramos nosso valor", diz o zagueiro Betão, espécie de porta-voz dos garotos. "Este grupo já foi testado no ano passado e acredito que fomos bem. Muitos falavam em rebaixamento, mas conseguimos a quinta colocação." Reforços, claro, são muito bem-vindos. Mas está difícil. Kia Joorabchian, da MSI, permanece na Europa tentando as contratações de Vágner Love e Liedson junto aos dirigentes do CSKA e do Sporting, respectivamente. "Estou cético. Quando as negociações demoram a acontecer, as coisas ficam complicadas", opinou Paulo Angioni, diretor da MSI. Sem os reforços, a diretoria brecou a venda de Jô para o Anderletch (apesar de a proposta ser boa: US$ 1,5 milhão) e resgatou Wilson e Abuda do time de juniores. Os dois, aliás, chegaram a figurar numa lista de dispensa. Abuda, por exemplo, esteve cotado até para jogar no Grêmio Mauaense, espécie de time B que o Corinthians mantinha na Série A3 do Paulistão. Mas deve jogar domingo, contra o Flamengo, pelo Brasileirão. "Essa é mais uma oportunidade que surge e espero agarrá-la", diz Abuda, que chegou a ser afastado do elenco no início do ano passado por estar exagerando das noitadas. "Tudo subiu à minha cabeça. As mulheres estavam me atrapalhando", disse o aprendiz de galã, na época.

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