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Corinthians/MSI briga por Mascherano

Por Agencia Estado
Atualização:

Semana decisiva para o Corinthians. Kia Joorabchian está travando um duelo psicológico com a diretoria do River Plate. O iraniano quer a liberação imediata do volante Mascherano. Os dirigentes argentinos que já o venderam a um fundo de investimento ligado à MSI querem contar com o jogador até o final da Libertadores. Luizão irá conversar com o presidente Alberto Dualib para acertar o seu retorno ao clube e pode perdoar R$ 5 milhões da dívida corintiana. E os primeiros contatos com o CSKA para ter Vágner Love não foram muito animadores. Não é por acaso que a RDI de primeiro de março de 2004 assinada pelo vice-presidente Nabi Abih Chedid descansa em cima da mesa no escritório de Joorabchian na sede da MSI. A Resolução Interna de Diretoria da CBF deixa claro que qualquer equipe brasileira pode entrar em campo com três estrangeiros. Por isso a insistência em fechar com o volante Mascherano da Seleção Argentina ainda esta semana. Tite espera ter Mascherano atuando ao lado de Tevez e Domingues. "O Mascherano é um jogar excelente. Tem personalidade, habilidade e força. Não está na Seleção Argentina por acaso. Estou acompanhando o esforço para fechar a sua contratação. Estou otimista", diz o técnico. Mascherano é o melhor amigo de Tevez. Embora atuassem em clubes rivais - Boca e River Plate - cresceram juntos. Suas famílias são muito ligadas. Repórteres argentinos descobriram que Tevez pediu a contratação de Mascherano a Kia. O atacante trabalhou também do outro lado, convencendo o volante a se ?aventurar? no Brasil. Só depende agora da firmeza do fundo de investimento em tirar já Mascherano do River Plate. Em relação a Luizão, a situação é clara. O Corinthians tem uma dívida trabalhista com ele de R$ 8 milhões. Kia já se informou com advogados que não há chance de o clube ser vitorioso na Justiça e deixar de pagar. O próprio presidente Alberto Dualib apresentou a solução: contratar Luizão e pagar R$ 3 milhões ao atacante, que perdoaria R$ 5 milhões. Dualib convenceu Tite e Kia que o veterano jogador seria importante pela sua liderança ao grupo. Mesmo se não fosse titular absoluto do time. Luizão teria gostado da sugestão e irá se encontrar durante a semana com Dualib e Kia para acertar o seu retorno ao Parque São Jorge. Mas se ele não perdoar os R$ 5 milhões não haverá negócio. Quanto a Vágner Love a situação não começou bem. O jogador alegou à MSI que bastava pagar a multa rescisória de US$ 10 milhões que a negociação estaria concluída. Mas os representantes do CSKA que testaram a hipótese de perder Love alegam que o valor para liberar o jogador é muito maior. Estariam exigindo para travar o negócio pelo menos o dobro. Há a certeza de que foi a primeira reação. Há a possibilidade de o próprio Kia viajar até Moscou para fechar pessoalmente a transação. Vágner Love se transformou em outra questão ?de honra? para a MSI. Assim como foi a contratação de Tevez - símbolo do poderio financeiro do fundo de investimento. Vagner Love soube da reação negativa da torcida uniformizada do Palmeiras e preferiu se recolher. Ele não está disposto a se expor mais. Foi aconselhado a dar novas entrevistas mais amenas em relação ao ex-clube. Ele continua repetindo a familiares que não retornará de maneira alguma à Rússia. Esta postura será utilizada como maior trunfo da parceira do Corinthians. Love está tranqüilo apostando até que o departamento jurídico da MSI interferirá a seu favor caso o CSKA busque a Fifa para reaver o seu jogador com quem tem contrato de cinco anos. Love só atuou por seis meses. A MSI também assegura manter os US$ 100 mil mensais que recebia na Rússia.

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