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Corintianos vão trocar o estádio pelo aeroporto na Copa do Brasil

Quatro torcidas organizadas do clube estão proibidas de entrar Maracanã após briga em 2016

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Por Redação
Atualização:

O Corinthians não terá o apoio de quatro torcidas organizadas diante do Flamengo, no Maracanã, nesta quarta-feira, na primeira partida das semifinais da Copa do Brasil. Elas continuam proibidas de entrar no estádio carioca. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu corintianos e flamenguistas por causa de uma briga em 2016, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro. 

Os torcedores corintianos não podem usar uniformes, bandeiras ou peças que identifiquem as organizadas. Se uma pessoa – mesmo sem usar nada das torcidas – cantar músicas das organizadas, ela poderá ser retirada dos estádios e pagar multa de R$ 20 mil. Para compensar a ausência dentro do estádio, a torcida do Corinthians convocou os membros para o embarque do time, no aeroporto

Lance da partida entre Flamengo e Corinthians realizada no Maracanã. A partida, válida pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2016. Foto: Wilton Junior/AE

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A Copa do Brasil é a prioridade da equipe no semestre. Longe da briga pela liderança no Brasileirão, o técnico Jair Ventura tem a missão de buscar o segundo título do ano. "Vamos em busca desse título, que seria uma grande conquista, a segunda do ano", disse o treinador em sua apresentação. 

A pena para a torcida foi dada em função de uma briga em outubro de 2016. O s conflitos mais graves aconteceram no setor dos visitantes do Maracanã. A fim de invadir o setor dos flamenguistas, eles partiram para cima de poucos policiais que protegiam a grade de divisão das torcidas. Foi preciso o uso de gás de pimenta e cassetetes. Os torcedores chegaram a derrubar uma das grades de proteção, iniciando uma invasão para a área reservada aos flamenguistas. Com a chegada de mais policiais, recuaram. 

Como resultado, 27 corintianos ficaram presos e só foram soltos pela Justiça do Rio em janeiro de 2017, quatro meses depois. O juiz Marcelo Rubioli, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, substituiu a prisão por medidas de restrição, como a proibição de que frequentem os jogos. Além disso, cada réu tem de comparecer a um órgão da Justiça perto de onde mora para informar suas atividades. 

Em agosto do ano passado, a principal torcida do clube não concordou com as exigências do Ministério Público para o retorno das festas com bandeirões, faixas e instrumentos musicais nas arquibancadas e não assinou o documento que selaria o retorno das antigas festas. Outras torcidas assinaram. 

No aeroporto

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Para minimizar a ausência no estádio, a principal torcida organizada do clube convocou seus membros para comparecerem no embarque da delegação no aeroporto de Guarulhos, amanhã. O comunicado da torcida fala em “apoio”, mas algumas críticas também devem ser feitas. Inúmeros torcedores reclamaram do desempenho da equipe no clássico diante do Palmeiras e pedem mudanças na escalação. Os principais alvos são o atacante Roger, os laterais Mantuan e Danilo Avelar e o volante Douglas. 

“Vamos soltar a voz e incentivar o nosso time pra fazer o jogo da vida, pois no jogo de volta estaremos na nossa casa para fazer a festa nas arquibancadas”, diz nota oficial da torcida. 

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