Costa Rica e Nova Zelândia decidem última vaga para a Copa do Mundo do Catar

Costarriquenhos apostam na experiência de sua geração mais vitoriosa; neozelandeses compõem time com base olímpica de Tóquio

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Por Daniel Vila Nova
Atualização:

Costa Rica e Nova Zelândia se enfrentam nesta terça-feira, às 15h, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. A disputa é válida pela repescagem intercontinental e dará ao vencedor a última vaga para o Mundial. O jogo único acontece no Estádio Ahmad Bin Ali, em Al Rayyan. A seleção vitoriosa fará parte do Grupo E, considerado um dos grupos mais difíceis da competição, com Alemanha, Espanha e Japão.

A Costa Rica já esteve presente em cinco edições da Copa do Mundo (1990, 2002, 2006, 2014 e 2018) e busca sua sexta participação. A Nova Zelândia já disputou o torneio duas vezes (1982 e 2010) e sonha com uma terceira edição. As duas equipes jamais se enfrentaram em campeonatos oficiais, mas em amistosos o retrospecto é favorável aos costarriquenhos, que venceram por 4 x 0, em 2007.

Costa Rica aposta em um grupo experiente, que conta, por exemplo, com o goleiro Navas, do PSG Foto: Karim Jaafar / AFP

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A seleção costarriquenha aposta na experiência de seu elenco, que teve bom desempenho na Copa de 2014, no Brasil, e alcançou um improvável oitavo lugar no torneio, para superar a equipe neozelandesa. Caso se classifiquem, essa será a terceira participação consecutiva da nação e o provável último ciclo de boa parte dos jogadores. 

Ao desembarcar no Catar, o goleiro e principal jogador da seleção, Keylor Navas, destacou a união da equipe e se mostrou otimista em relação à classificação. "Esse grupo é bem unido, temos uma seleção onde todo mundo sabe muito bem seu papel", afirmou o atleta do Pari Saint-Germain. "Eu fui capaz de ajudar minha equipe, mas eu não marquei nenhum gol e, sem gols, você não ganha partidas. Somos todos importantes aqui."

Após um péssimo primeiro turno nas Eliminatórias da Concacaf, a equipe comandada pelo colombiano Luis Fernando Suárez engatou quatro vitórias consecutivas e igualou a pontuação dos Estados Unidos, terceiro colocado das Eliminatórias da América do Norte, Central e do Caribe. O resultado, no entanto, não foi o suficiente para a classificação - o saldo de gol dos EUA era melhor, o que garantiu a seleção americana a última vaga direta para o torneio. 

Já a equipe da Nova Zelândia aposta em uma nova geração para triunfar na repescagem e assegurar sua vaga na Copa do Mundo. Dos 26 convocados, 14 fizeram parte do time sub-23 que esteve nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano passado. Apesar de serem mais velhos, Chris Wood, Winston Reid e Michael Boxall também jogaram a Olimpíada, mas nas três vagas destinadas a atletas de mais de 23 anos. A esperança de gol, inclusive, recai sob Wood, atacante do Newcastle United, da Inglaterra, e maior artilheiro da seleção neozelandesa com 33 gols em 67 jogos. 

O aproveitamento da equipe nas Eliminatórias da Oceania foi perfeito, com o time ganhando cinco partidas e se classificando em primeiro lugar da competição. Apesar do triunfo, a Confederação de Futebol da Oceania não tem direito a uma vaga direta ao Mundial, o que faz com que a primeira colocada do torneio dispute a repescagem para a Copa com a quarta colocado das Eliminatórias da Concacaf. 

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Em entrevista coletiva, o técnico neozelandês Danny Hay afirmou que o jogo será encarado como uma guerra pelas duas equipes. “Eles são bem fortes, bem físicos. O futebol centro-americano é bem diferente do que nós estamos acostumados”, afirmou.

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