O presidente da CPI da CBF/Nike, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), pôs nesta terça-feira a Polícia Federal no encalço do empresário Hélio Vianna, sócio de Pelé, para que ele atenda a intimação de depor na quinta-feira na comissão. Vianna - que vinha se recusando a atender aos telefonemas de assessores da CPI - só se manifestou na segunda-feira, quando recebeu a convocação. Ele respondeu com uma carta em que se dizia impossibilitado de atender aos deputados porque tinha de cumprir "compromissos inadiáveis" no exterior. O empresário pediu adiamento da data, mas a CPI se negou a atendê-lo e, em vez da convocação, expediu uma intimação. Daí para frente, a comissão não mais conseguiu contactá-lo nem mesmo por telefone. O requerimento para ouvi-lo foi apresentado em novembro pelo deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), irmão do presidente da federação gaúcha de futebol, Emídio Perondi. O pedido foi aprovado no último dia 14. A partir dessa data, os assessores da comissão tentaram inutilmente encontrá-lo para acertar a data do depoimento. Ele somente resolveu se pronunciar quando recebeu a convocação da CPI e ainda assim para adiar sua ida à CPI. Para o deputado Doutor Rosinha (PT-PR), a recusa de Vianna tem a ver com uma "jogada" armada pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, por Pelé e pelo dono da Traffic, J. Hawilla para esvaziar a CPI. "Ele ficaria adiando até o encerramento dos trabalhos", afirmou. No entender do deputado, situações como essa servem como argumento para estender os prazos de investigações, que inicialmente deveriam se encerrar no próximo dia 13.