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CPI diz já ter indícios contra Eurico

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Por Agencia Estado
Atualização:

O relator da CPI do Futebol no Senado, Geraldo Althoff (PFL-SC) e o presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PDT-PR) garantem que já possuem indícios concretos para pedir junto à Câmara dos Deputados a abertura de um processo de quebra de decoro parlamentar contra o presidente do Vasco, deputado Eurico Miranda (PPB-RJ). De acordo com eles, os principais crimes cometidos pelo parlamentar são crimes eleitorais, evasão de divisas, sonegação fiscal e falsidade ideológica. Os senadores encerraram nesta terça-feira o ciclo de depoimentos de diretores do Vasco, ouvindo o presidente de honra do clube, Antônio Soares Calçada, o presidente do Conselho Fiscal, Geraldo Teixeira da Silva, o presidente do Conselho de Beneméritos, Carlos Alberto Cavalheiro e o contador Wanderley Doring. Todos negaram ter conhecimento dos desvios de recursos do Vasco para uso pessoal do presidente Eurico Miranda, através de uma conta aberta em nome do funcionário Aremithas José de Lima. As movimentações foram confirmadas pelo próprio Aremithas, em depoimento ao senador Althoff na última sexta-feira, no Rio de Janeiro. Calçada afirmou que a conta em nome do funcionário foi aberta durante o período em que as contas do Vasco estavam bloqueadas. E confirmou que, durante a campanha eleitoral de 1998, era intenso o movimento no departamento de futebol do clube. Os senadores detectaram que uma parte dos recursos desviados financiou a campanha de Eurico a deputado federal. "Só que eu ficava alheio a isso. Meu trabalho era resolver os problemas do Vasco". A maior surpresa, contudo, ainda estava por vir, durante o depoimento do presidente do Conselho Fiscal do Vasco, Geraldo Teixeira da Silva. Responsável pelos balanços financeiros do clube, ele desconhecia toda a movimentação financeira na conta de Aremithas, pela qual passou R$ 13 milhões, entre 1995 e 2000. Geraldo também não suspeitava da remessa de US$ 12 milhões para eventuais contas em paraísos e fiscais nem muito menos onde foram parar os US$ 8 milhões da venda de Edmundo para a Fiorentina. "As instâncias de poder do Vasco só serviam para homologar as ações do presidente Eurico Miranda", disse Álvaro Dias.

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