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CPI do Futebol ouve dirigente mineiro

Presidente da Federação Mineira de Futebol é acusado de sonegação de imposto de renda, administração fraudulenta e nepotismo.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Acusado de sonegação de imposto de renda, administração fraudulenta e nepotismo, o presidente da Federação Mineira de Futebol, Elmer Guilherme Fereira começou a ser ouvido pelo relator da CPI do Futebol, senador Geraldo Althoff (PFL-SC) pouco depois das 11h30. Segundo Althoff, a CPI constatou que Elmer Guilherme não declarou imposto de renda dos vencimentos que recebe como funcionário da secretaria de Lazer e Turismo do governo de Minas Gerais, onde recebe R$1.200,00 por mês e está cedido à Federação. O presidente da entidade também recebe uma ajuda de custo no valor de R$4.000,00 por mês e cujos vencimentos foram considerados por Althoff como ilegais, uma vez que os estatutos da Federação não permitem que o seu presidente receba qualquer tipo de bonificação. Elmer Guilherme Ferreira justificou à CPI "o amor e a paixão que seus parentes têm pelo futebol para participarem do quadro de funcionários da Federação". Dos 66 empregados da Federação, 26 são parentes do presidente. Além do pai, Elmer Guilherme Ferreira empregou seis irmãos, nove sobrinhos, seis primos, dois cunhados, um filho e uma afilhada. "Esta atitude além de ser anti-ética é ilegal e imoral", disse o relator da CPI. Mas o presidente da Federação mineira justificou "pode até ser anti-ético mas não existe nenhuma lei que impeça de contratar pessoas da minha confiança". Elmer Guilherme Ferreira não soube explicar na CPI as razões que o levaram a deixar de prestar conta à Receita Federal, "Eu fui orientado pelo contador durante alguns anos de que não precisava fazer a declaração de Imposto de Renda".

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