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CPI: manobras podem marcar votação

Por Agencia Estado
Atualização:

Marcada para começar às 14h30, a votação do relatório final da CPI da CBF/Nike deve se transformar em uma série de sucessivas manobras regimentais que poderão ser mais eficientes que a articulação travada para se comprovar que grupo coloca mais deputados em plenário. Uma alternativa que poderá ser utilizada pelo presidente da CPI, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), é protelar a discussão do relatório o maior tempo possível, para evitar que o anúncio do novo técnico da seleção brasileira, que deve ser feito às 16 horas, em Brasília, pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, abafe os debates em torno do relatório da comissão. Nessa manobra de Rebelo, o relatório do deputado Silvio Torres (PSDB-SP) seria votado só na quarta-feira. Rebelo conta ainda com a possibilidade de se instalar a Ordem do Dia, na Câmara dos Deputados, forçando a CPI a encerrar a discussão do relatório de Silvio Torres. Outra arma regimental é que no início dos trabalhos, um parlamentar próximo a Rebelo peça verificação de quorum - contagem dos parlamentares - com votação nominal. Esse artifício só poderá ser usado, novamente, decorrida uma hora. E, nesse período, Aldo Rebelo coloca em votação o relatório de Silvio Torres usando a saída regimental de votação por amostragem. O presidente da CPI deve anunciar: "O relatório está em votação. Os parlamentares que aprovam permaneçam como estão" e anuncia que o relatório está aprovado, mesmo com minoria. Um parlamentar contrário a essa estratégia poderá exigir a votação nominal e o presidente negá-la, alegando que não foi decorrida uma hora do outro pedido. E, encerra os trabalhos com o relatório aprovado, mesmo sem a maioria dos votantes tendo concordado com o resultado. Mais do que votos, as manobras regimentais estão em alta na CPI da CBF/Nike. Segundo Rebelo, pelo menos 17 dos 25 deputados da comissão votarão com a chamada ?bancada da bola?.

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