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CPI ouve Calçada nesta terça-feira

O ex-presidente do Vasco vai explicar irregularidades na contabilidade do clube de São Januário. Na quinta, os dirigentes do Flamengo estarão em Brasília.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os senadores que integram a CPI do Futebol realizam reunião nesta terça-feira, para ouvir o depoimento do ex-presidente do Vasco da Gama, Antonio Soares Calçada, sobre irregularidades na contabilidade do clube de São Januário. Na quinta-feira (15) a CPI passa a concentrar esforços nas investigações no Clube de Regatas Flamengo. Às 10h00, haverá audiência da CPI para colher os depoimentos do presidente do Conselho Fiscal do clube, Roberto Abranches, e do ex-conselheiro Paulo César Ferreira. Segundo o relator da comissão, senador Geraldo Althoff (PFL-SC), "ainda não foi possível determinar a data do depoimento do funcionário do departamento de futebol do Vasco da Gama Aremithas José de Lima". O funcionário do Vasco é acusado, pela CPI, de receber depósitos em sua conta bancária no valor total de R$ 2,03 milhões, feitos pela Vasco Licenciamentos S/A. O depoimento de Lima teve de ser adiado, da última quinta-feira, quando o seu advogado Silvio A H. Godoi encaminhou ao Senado um declaração médica informando o estado de saúde do depoente. A declaração atesta que Lima sofreu "infarto agudo do miocárdio" devendo permanecer "afastado de qualquer tipo de atividade física ou laborativa" por risco de "stress físico." A CPI do Futebol ainda não recebeu o "relatório parcial" das investigações promovidas por uma comissão da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, criada para investigar evasão de renda nos estádio de futebol do estado. Na última quarta-feira, a CPI do Futebol ouviu o ex-deputado estadual do Rio, José Francisco Velloso, que presidiu, em 1994, a CPI da Evasão de Rendas. Segundo Velloso "a venda de ingressos falsos, o desvio de ingressos de autoridades para pessoas sem credenciais, a doação de carteiras de beneméritos e o furto de ingressos são os principais mecanismos de evasão de renda dos estádios do Rio de Janeiro, especialmente do Maracanã." O ex-deputado afirmou que "o roubo era generalizado na época da CPI estadual e as irregularidades eram cometidas por autoridades e funcionários da Suderj e da Federação de Futebol". Velloso elogiou o trabalho de Francisco de Carvalho à frente da Suderj e da Secretaria Estadual de Esportes do Rio. "A corrupção praticamente acabou no Maracanã, embora continue nos estádios do interior, por falta de fiscalização", atestou José Francisco Velloso.

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