PUBLICIDADE

Publicidade

CPI: Pitta detém passe de 120 atletas

Por Agencia Estado
Atualização:

Foi por "afinidade, vizinhança, intimidade e muito carinho" que o empresário de futebol Reinaldo Pitta emprestou dinheiro sem juros, sem garantias e sem data para pagamento, ao deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), presidente do Vasco da Gama; ao filho de Eurico, Mário Ângelo Miranda e ao técnico Carlos Alberto Parreira. Ao presidente do Vasco, Pitta emprestou R$ 310 mil. Ao filho, R$ 110 mil e R$ 60 mil a Parreira. "Todos esses empréstimos estão declarados no Imposto de Renda" justificou o empresário. Dono da Gortin Promoções Ltda., Reinaldo Pitta disse que atualmente, é dono do passe de 120 jogadores "sendo 60 deles, amadores, a quem a gente dá uma ajuda de custo para alimentação e transporte. E eles são muito gratos a gente" disse o empresário . Alguns dos atletas cujo passe pertence a Pitta - que se disse primo do ex-prefeito de São Paulo (Celso Pitta) - são Jorginho, Júnior Baiano e Viola, do Vasco da Gama; Vampeta, da Inter de Milão; Cássio, do Flamengo; Marcão e César, do Fluminense; Waldson e Daniel do Botafogo; Felipe do Palmeiras e a maior estrela da Gortin Promoções Ltda, que é Ronaldinho da Inter de Milão. Segundo Reinaldo Pitta a profissão de empresário é importante para "dar visibilidade a alguns atletas". Ele lembra que Alessandro, lateral direito da Seleção Brasileira "foi dispensado pelo Vasco da Gama e hoje é o maior lateral do futebol brasileiro", destacou Pitta que é dono de 50% do passe do jogador. "Os outros 50% pertencem ao Atlético Paranaense." Sobre a transação de Gilberto para a Inter de Milão, por US$ 2,72 milhões, o senador Geraldo Althoff (PFL-SC), relator da CPI do Futebol perguntou se parte dessa venda - cerca de US$ 2 milhões - teria sido depositada em uma conta de Pitta "em um paraíso fiscal". Reinaldo Pitta negou que tivesse contas no exterior. A CPI do Futebol está encontrando dificuldades para levantar informações detalhadas da empresa de Reinaldo Pitta, primeiro porque o empresário pertence à associação de empresários de futebol que recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) impetrando uma liminar contra a quebra de seus sigilos. A outra razão na CPI é que o empresário havia sido convocado para depor na quinta-feira, mas o empresário se antecipou e apareceu hoje, alegando haver recebido um convite para depor nesta terça-feira.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.