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CPI vai denunciar Teixeira e Eurico

A CPI do Futebol vai pedir ao Ministério Público o indiciamento de cerca de 15 dirigentes de clubes; Eurico Miranda é o recordista em denúncias.

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Por Agencia Estado
Atualização:

A CPI do Futebol vai pedir ao Ministério Público o indiciamento de cerca de 15 dirigentes de clubes, federações e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entre outros. Os nomes serão conhecidos na próxima terça-feira, na apresentação do parecer do relator Geraldo Althoff (PFL-SC). Estão na lista os presidentes da CBF, Ricardo Teixeira, o do Vasco da Gama, deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), o do Flamengo, Edmundo Santos Silva. O pedido será estendido também aos presidentes das federações de São Paulo, Eduardo José Farah, do Rio de Janeiro, Eduardo Vianna, e de Minas Gerais, Elmer Guilherme. Althoff disse que se surpreendeu com o tamanho da corrupção no futebol brasileiro. "Eu atribuía a falta de transparência à desorganização", afirmou. "Mas terminamos por descobrir um poderoso esquema de desvios de recursos em prejuízo dos clubes". No entender do relator, os desmandos no futebol são tão graves que comprometem "e quase inviabilizam" o retorno social esperado pela população. "No final, fica somente o sentimento da paixão", lamentou. Pelas investigações da CPI, também terão de prestar contas à Justiça o ex-técnico da seleção brasileira e atual treinador do Corinthians, Vanderlei Luxemburgo, diretores do Vasco da Gama, e os ex-presidentes do Flamengo Dunshee de Abranches e do Santos, Samir Abdul Hack. Althoff informou que as irregularidades constatadas na CBF serão tratadas num capítulo à parte. A comissão acusa o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, e os diretores Marco Antonio Teixeira e José Salim da prática de sonegação, malversação de recursos, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. Ficará a cargo do Ministério Público decidir se processará apenas os três ou toda a diretoria da confederação. O recordista no número de denúncias apuradas pela CPI é o presidente do Vasco, deputado Eurico Miranda. Ele é acusado de falsidade ideológica, apropriação indébita, crime eleitoral e crime contra a ordem tributária.

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