Craques se curvam a Gabriel Jesus, novo camisa 9 da seleção

Atacante do Palmeiras ganha elogios de Jairzinho, Careca e Dinamite

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Por Almir Leite
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A seleção brasileira finalmente está voltando a ter um camisa nove confiável. A atuação de Gabriel Jesus na quinta-feira contra o Equador, no jogo em que estreou na equipe principal participando dos três gols na vitória por 3 a 0 (fez dois), deixou empolgada gente que entende do ofício de fazer gols: Careca, Roberto Dinamite e Jairzinho acreditam que o garoto de 19 anos tem tudo para se tornar um dos grandes da posição.

Camisa nove do Brasil nas Copas de 1986 e 1990, Careca considera que Gabriel Jesus representa o resgate da época em que os centroavantes faziam a diferença a favor da seleção. “É só o início. Mas o menino é bom. Eu sempre achei ele, de todos, o mais diferenciado, com característica de centroavante, número nove”, disse ao Estado.

Destaque o Palmeiras em 2016 e já negociado com o Manchester City, Gabriel Jesus marcou dois gols em sua estreia pela seleção brasileira contra o Equador, pelas Eliminatórias da Copa de 2018 Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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Sem a intenção de fazer comparações, Careca, autor de 29 gols em 63 jogos pela seleção, percebe em Gabriel Jesus traços de um outro atacante que marcou época com a camisa da seleção. “Eu arriscaria dizer que ele tem uns passos do Ronaldo Fenômeno, a explosão, aquele jeito dele de quem não quer nada, mas na hora que precisa é bastante explosivo.”

Roberto Dinamite jogou por nove anos na seleção (de 1975 a 1984) e fez 20 gols. Centroavante tradicional, vê no atual artilheiro do Brasileiro um jogador de características diferentes da sua – tinha grande presença de área. Mas também aposta em Gabriel Jesus. “É por aí. Ele já mostrou um potencial muito grande e que pode evoluir.”

Dinamite pondera, no entanto, que, apesar de Gabriel ter atuado como homem de referência no ataque contra o Equador, o sentido coletivo da seleção contribuiu para seu sucesso. “Foi importante para que o Brasil chegasse à vitória e que ele fizesse os gols”, observou.

Furacão da Copa de 70, quando fez gols em todas as seis partidas, Jairzinho (vestiu a sete) vê em Gabriel Jesus o fim da carência do homem-gol na seleção. “O Gabriel sem dúvida já é um ponto positivo. Ele não se intimidou e deu a clareza de que de fato temos um homem de gol. Isso é muito bom, já que estamos com essa deficiência.”

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